Depois de um julgamento de dez horas, o último acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, Ângelo Ferreira da Silva, o Primo, foi condenado a nove anos, quatro meses e 20 dias de prisão, por crime de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha.
Em outro depoimento, Ângelo admitiu ter transportado o jornalista para o local da execução e chegou a comentar que havia mais de 20 pessoas no local quando o repórter foi morto.
Na quinta-feira, no entanto, Ângelo desmentiu ter participado do crime.
Ângelo Ferreira da Silva, o Primo, foi preso em 13 de junho de 2002, onze dias após o desaparecimento de Tim Lopes, e confessou, na ocasião, que estava no Fiat Palio que levou o jornalista até o local onde foi executado, sob as ordens do traficante Elias Maluco.
Ele é o sétimo a ser condenado pelo 1º Tribunal do Júri. Os outros seis foram Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, condenado a 28 anos e seis meses de reclusão; Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho; Elizeu Felício de Souza, o Zeu; Reinaldo Amaral de Jesus, o Cadê; Fernando Sátyro da Silva, o Frei; e Claudino dos Santos Coelho, o Xuxa, todos condenados a 23 anos e seis meses de prisão.