O desabamento da última sexta-feira foi o principal acidente ocorrido em obras da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), mas não foi o primeiro. Desde o início da construção da nova linha 4-Amarela do Metrô, ocorreram 11 acidentes, afirmou Flávio Godoy, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do estado.
Nos outros acidentes, seis trabalhadores já haviam se ferido e um outro morrido em acidentes na construção desta linha, desde maio de 2005. O problema, para o sindicato, foi a terceirização dos fiscais da obra. Esta foi a primeira obra do Metrô, segundo o sindicato, em que a fiscalização da obra não foi feita por funcionários da estatal.
O sindicato afirma que a obra da linha 2, que não foi terceirizada, não teve nenhum acidente em sua construção. De acordo com ele, o trabalho do consórcio a linha 4-Amarela era acompanhado por quatro engenheiros da Companhia do Metropolitano de São Paulo, que 'apenas conferiam se a obra estava sendo realizada'
O sindicato dos metroviários pede a suspensão imediata das obras de construção da linha 4-amarela, para revisão do projeto e que a realização de uma auditoria nas obras que não tenha ligação com o governo, disse o presidente do sindicato.