ONU quer US$ 4,7 bi para ajudar áreas devastadas

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Publicado Quinta, 01 de Dezembro de 2005 às 11:18, por: CdB

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou seu maior apelo por ajuda internacional, US$ 4,7 bilhões (cerca de R$ 10,3 bilhões) para ajudar vítimas de guerra, fome e desastres naturais em 26 países. O coordenador de operações de emergência da ONU, Jan Egeland, disse que a cifra era o equivalente a 48 horas de gastos militares no mundo todo. O secretário-geral da organização, Kofi Annan, disse que a comunidade internacional tinha capacidade de pagar, mas agora tinha que demonstrar a vontade para fazer isso. No lançamento do apelo anual de 2006 da ONU, Annan destacou sua importância.

-  Em um mundo de fartura, sofrimento contínuo é uma mancha terrível na nossa consciência. É imperdoável que não lutemos, com todos nossos recursos, para eliminar o sofrimento - disse.

A ONU pretende usar o dinheiro para fornecer ajuda, para salvar a vida de mais de 30 milhões de pessoas, incluindo vítimas dos terremoto na região da Caxemira, no Paquistão, e também às vítimas do tsunami em dezembro de 2004, na Ásia. Muitos dos países na lista de ajuda da ONU estão na África. A organização pretende destinar US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 3,3 bilhões) para o Sudão, que poderá ser dividido na metade entre a área a oeste de Darfur, onde a violência continua, e o sul, que foi pacificado e está sendo reconstruído.

Também há pedidos de ajuda de emergência para regiões devastadas no oeste da África, incluindo Costa do Marfim e Libéria. Além da África, a ONU também pretende ajudar a região da Chechênia, na Rússia, os Territórios Palestinos e as vítimas da enchente na Guatemala. Jan Egeland afirmou que é preciso aumentar as doações devido ao grande número e à complexidade das operações de emergência.

Segundo a correspondente da BBC na ONU, a organização recebe, em média, menos que três quartos do que inicialmente pede por ano, e países geralmente esperam até o último momento para pagar, o que leva a um aumento ainda maior das despesas.

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