O compositor e artista plástico Manduka morreu, neste sábado, no Rio de Janeiro, aos 52 anos, vítima de um acidente cardio-vascular. Manduka estava internado desde a semana passada no Hospital Miguel Couto.
Filho do poeta Thiago de Mello e da jornalista Pomona Politis, Manduka participou como ator e compositor do filme <i>A estrela do sol</i>, de Glauber Rocha, em 1971, e compôs uma série de canções intitulada <i>Pátria amada idolatrada salve-salve</i> ao lado de Geraldo Vandré. Seu primeiro LP foi <i>Brasil 1500</i> e publicou um livro, pela primeira vez, em 1973 <i>Los burros negros</i>.
Alguns dos últimos trabalhos de Manduka foi a trilha sonora do documentário <i>Rocha que voa</i>, de Eryk Rocha; dos documentários <i>Se é pra dizer adeus</i>, de Ana Helena Nogueira e <i>José Lins do Rêgo</i>, do cineasta Vladimir Carvalho. Também participou do documentário <i>Glauber, labirinto do Brasil</i>, de Sílvio Tendler, e deu continuidade ao ciclo de conferências <i>Conversas brasileiras</i>, no circuito universitário brasileiro.
Manduka vinha desenvolvendo estudos de fusão de sua técnica em desenhos - bico-de-pena com lápis de cor e pastel seco - aliada à tecnologia digital, visando a realização de uma mostra itinerante de seus desenhos reproduzidos em grandes peças em banners.