Feema divulga laudo sobre algas da Lagoa Rodrigo de Freitas

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Publicado Sexta, 23 de Fevereiro de 2007 às 08:08, por: CdB

A Feema (Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente), órgão da Secretaria do Ambiente fluminense, divulga nesta sexta-feira o laudo sobre as amostras das algas que surgiram em grande quantidade na Lagoa Rodrigo de Freitas desde terça-feira, formando uma extensa mancha verde no espelho d'água. As amostras estão sendo analisadas para se saber o tipo da planta que se espalhou na lagoa e se é prejudicial à saúde.

O presidente da Feema, Axel Grael, acredita que as algas não são da mesma espécie das encontradas nas lagoas da Barra e de Jacarepaguá há algumas semanas e que apresentaram a presença de toxinas perigosas para o ser humano.

Mas, mesmo que não sejam prejudiciais à saúde, grandes quantidades dessas plantas diminui a oxigenação da água, podendo ocorrer mortandade de peixes.

Responsável pelo monitoramento da lagoa, a Feema pediu à Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla), órgão da mesma secretaria, para que retire as algas da lagoa.

O aparecimento de algas na Lagoa Rodrigo de Freitas é comum nesta época do ano devido ao calor, à luminosidade e à presença de esgoto na água. O mesmo ocorre nas lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, praticamente cobertas por algas.

As plantas podem chegar ao mar se chover forte nos próximos dias, obrigando a Feema a interditar trechos da praia para banhistas. A Feema e a Serla terão uma reunião na semana que vem para discutir um plano de ação imediato.

De 23 de janeiro a 16 deste mês, os banhistas foram proibidos de usar um trecho de 200 metros da Praia da Barra, a partir do Quebra-Mar, interditado pela Feema por causa da presença de algas cinco vezes acima do nível máximo permitido.

Quando morrem, essas plantas liberam uma toxina, a microcistina, que pode causar problemas na pele, fígado e intestinos e leva 16 dias para desaparecer. As algas chegaram à praia pelo Canal da Joatinga, perto do elevado do Joá, vindas das lagoas do Camorim e Jacarepaguá, onde as plantas são comuns. Elas surgem em conseqüência dos esgotos lançados diariamente nas lagoas.

A presença das algas só vai começar a diminuir quando o emissário submarino entrar em operação, o que deverá ocorrer no fim de março, segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Cerca de 900 litros de esgoto por segundo serão lançados em alto-mar.

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