Vôlei masculino busca ouro que não conquista há 20 anos no Pan

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Publicado Sexta, 01 de Agosto de 2003 às 13:07, por: CdB

O vôlei brasileiro deixou Winnipeg em situação bem diferente à que chega em Santo Domingo. Enquanto as meninas voltaram para o Brasil com a medalha de ouro no peito, após uma vitória emocionante sobre as cubanas na decisão, os homens perderam a final para os arquirrivais da ilha de Fidel e o jejum do título dos Jogos Pan-Americanos completa 20 anos na República Dominicana.

Mas a seleção masculina chega credenciada pelos títulos da Liga Mundial (2003 e 2001) e do Campeonato Mundial (2002), citando apenas os principais conquistados recentemente, já sob o comando de Bernardinho. Atual líder do ranking mundial da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), o Brasil é favorito à medalha de ouro.

— Nós não podemos entrar nesse clima de já ganhou. Há equipes muito fortes como Estados Unidos, Cuba, Canadá e Venezuela na competição, e temos que respeitar todos e manter a concentração. A pressão sobre a gente aumentou ainda mais após a conquista da Liga Mundial, precisamos ter cabeça fria e pés no chão para render tudo o que podemos — frisou Bernardinho.

O técnico já conquistou oito das 10 competições em que dirigiu o time e pode trazer a terceira medalha de ouro da História (o Brasil foi campeão em São Paulo-1963 e Caracas-1983).

O Brasil estréia contra o Canadá, na próxima segunda-feira, às 14h (15h de Brasília), no pavilhão de vôlei do Centro Olímpico Juan Pablo Duarte, mas um jogador já fez festa em Santo Domingo: Maurício, que foi escolhido para ser o porta-bandeira do Brasil no desfile de
abertura dos Jogos.

— Isso vai ficar marcado na minha vida para sempre, foi a consagração da minha carreira. Ganhei mais um título, a sensação foi a mesma. Agora vamos atrás do outro, dessa medalha de ouro que o Brasil não ganha há 20 anos.

Brasil, Porto Rico, Canadá e Cuba formam o Grupo B.

O bicampeonato feminino é uma tarefa muito difícil, uma vez que a seleção que participará dos Jogos Pan-Americanos será a juvenil. Mas isso não desanima Wadson Lima, técnico da jovem seleção, que tem muitas caras novas e uma velha conhecida: Janina, medalha de bronze em
Sydney-2000 e campeã em Winnipeg-99.

— Vamos usar bastante a experiência da Janina para lutar por uma medalha. Ela já passou por todos os tipos de situações, das mais confortáveis, das conquistas e títulos, até as mais complicadas, decisivas, e é ela quem vai puxar essa responsabilidade — afirmou Wadson.

A estréia será diante das americanas, neste domingo, às 14h (15h de Brasília), mas Wadson ainda não sabe o que espera a seleção brasileira neste primeiro jogo.

— Não sei qual a equipe que vem, parece que não é a principal, mas não sei se é um time reserva ou de universitárias. Esse jogo acaba sendo decisivo nesta primeira fase pois, se vencermos, podemos pensar em sair em primeiro lugar na chave. Sobre os outros adversários, não há dúvida de que Cuba é a favorita ao ouro. As dominicanas vêm fortes, jogam em casa e tëm boas jogadoras. Porto Rico e Peru merecem respeito também. Tirando Cuba, está tudo muito equilibrado.

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