Viegas mantém sabotagem como suspeita de incêndio em Alcântara

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Publicado Terça, 09 de Setembro de 2003 às 15:59, por: CdB

Em depoimento à comissão parlamentar que investiga o acidente em Alcântara, no Maranhão, onde morreram 21 técnicos no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) em Alcântara, o ministro da Defesa, José Viegas Filho não descartou, ontem, a hipótese de sabotagem como causa do incêndio no Veículo Lançador de Satélites 1 (VLS-1). O foguete chegaria ao espaço no último dia 25.

- Como em toda investigação, trabalhamos com todas as possibilidades, inclusive essa, de sabotagem - afirmou o ministro aos deputados.

O ministro, no entanto, voltou a garantir que é mínimo o risco de a combustão, no mecanismo de acionamento dos foguetes primários, ter acontecido por meio de uma indução por ondas eletromagnéticas. Os instrumentos disponíveis na Base, distante 22 quilômetros de São Luís, no Maranhão, "teriam condições de interceptar um fenômeno desta magnitude", disse Viegas.

Segundo um oficial da Aeronáutica, que acompanha as investigações e, por isso, prefere manter o anonimato, admite que "uma bala, disparada de um ponto distante até um quilômetro da plataforma de lançamento, poderia ter causado aquela tragédia".

Viegas e o ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, juntos com outros executivos do setor aeroespacial passaram mais de oito horas perante a comissão, formada por deputados federais. Amaral disse que o Programa Aeroespacial Brasileiro será retomado e já tem R$ 4,5 milhões disponíveis para investimento no setor.

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