O governo venezuelano rejeitou as acusações da Colômbia por não ter detido o chamado "Chanceler" das Farc, Rodrigo Granda, ao alegar que a Interpol não tinha solicitado sua detenção.
- (Granda) não aparecia solicitado por Interpol, nem tinha processo aberto na Venezuela antes de seu seqüestro em Caracas em 13 de dezembro de 2004. - assinalou um comunicado oficial venezuelano difundido na noite deste domingo.
A nota do Ministério do Interior venezuelano acrescenta que o governo da Colômbia também não pediu a Caracas a captura de Granda, e que este aparece pela primeira vez nos registros de Interpol 25 dias após ser seqüestrado em uma operação da polícia colombiana e militares venezuelanos subornados.
- Se o governo colombiano não sabia quem era Rodrigo Granda Escobar, nem o tinha solicitado, não podem pedir ao governo venezuelano ou de nenhum outro país do mundo, que o prendesse. -acrescenta o comunicado.
A captura de Granda, delegado internacional das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), provocou uma grave crise entre a Venezuela e a Colômbia, com a suspensão dos acordos comerciais bilaterais e a retirada do embaixador venezuelano em Bogotá, Carlos Santiago.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez exigiu a seu homólogo colombiano, Álvaro Uribe, desculpar-se publicamente por ter violado a soberania nacional venezuelana com a prisão de Granda.
O governo colombiano negou em seu último comunicado ter violado a soberania do país vizinho, embora reconheceu o pagamento de uma "recompensa" pela captura de Granda.
Rio de Janeiro, Quarta, 17 de Abril de 2024
Venezuela rejeita acusações da Colômbia
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Publicado Segunda, 17 de Janeiro de 2005 às 03:46, por: CdB
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