Como se esperava, o governo saiu vitorioso no seu primeiro teste no Senado.
Aprovou nesta quarta-feira à noite em primeiro turno a Reforma da Previdência com 55 votos Sim e 25 Não. Todos os 81 senadores estavam presentes na votação.
Assim como na Câmara dos Deputados, o PSDB e o PFL foram fundamentais na aprovação da matéria. Juntos, os dois partidos deram 13 votos favoráveis à PEC.
Ou seja, sem a colaboração da oposição, que deve continuar nas próximas votações (2º turno da Reforma da Previdência e PEC Paralela da Previdência e Reforma Tributária), o governo teria obtido apenas 42 votos, o que é insuficiente para aprovar uma emenda à Constituição, que requer o mínimo de 49.
A seguir, uma análise por partido da votação.
PMDB. A bancada é composta por 22 senadores. No entanto, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de acordo com o regimento, não pode votar. Assim dos 21 votantes, 18 se manifestaram a favor da Reforma (81,82% em relação à bancada total) e três contrários (13,64%): Papaleo Paes (AP), Mão Santa (PI) e Sérgio Cabral (RJ).
PFL. Dos 17 pefelistas, 10 votaram (58,82%) contra a emenda e 7 a favor (41,18%). Os votos sim vieram da bancada baiana e dos dois senadores do Maranhão ligados ao senador José Sarney (Roseana Sarney e Edison Lobão). Os outros dois vieram de Sergipe (Maria do Carlos Alves) e de Tocantins (João Ribeiro).
PT. A única da bancada (14) a votar contra a proposta foi a senadora Heloisa Helena (AL). Todos os outros 13 senadores (92,86%) votaram em sintonia com o governo.
PSDB. Houve uma divisão na bancada composta de 11 senadores. Seis (54,55%) votaram a favor da PEC 67/03 e 5 contra (45,45%). O líder do partido, senador Arthur Virgílio, votou não.
PDT. Foi o único partido a votar unido contra Reforma. Todos os 5 senadores disseram não ao texto do relator Tião Viana (PT-AC).
PL. Tem três senadores e todos eles votaram a favor da Reforma.
PSB. Toda a bancada (3) votou favoravelmente à matéria.
PTB. Dos três senadores, dois votaram a favor (66,67%) e 1 contra (33,33%).
PPS. Tem apenas dois senadores. Ambos votaram em sintonia com o governo.