Vaticano recebe primeira família de imigrantes sírios

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Publicado Sexta, 18 de Setembro de 2015 às 08:42, por: CdB
Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano/ Genebra: Em resposta a um pedido do papa Francisco para que todas as paróquias católicas recebessem refugiados, a Cidade do Vaticano informou nesta sexta-feira que recebeu uma família que fugiu da guerra na Síria. A família -pai, mãe e seus dois filhos, vieram de Damasco e são católicos da Igreja Greco-Católica Melquita, uma igreja cristã com laços próximos à Igreja Católica Romana.
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Papa Francisco durante missa semanal na Praça de São Pedro, no Vaticano
O Vaticano informou em nota que a família, que não foi nomeada, chegou 1a Itália em 6 de setembro, o dia em que o papa Francisco fez seu apelo para que paróquias europeias abrissem suas portas para refugiados. – De acordo com a lei, pelos seis primeiros meses após o pedido de asilo, aqueles que buscam proteção internacional não podem trabalhar. Durante este momento, eles serão ajudados e acompanhados pela Paróquia de Santa Ana – acrescentou o Vaticano. Centenas de milhares de pessoas, em maioria fugindo da guerra e pobreza no Oriente Médio e África, fugiram para a Europa nesta ano, em um fluxo que a União Europeia sofre para conseguir absorver. Crise migratória O número de imigrantes na Europa vai crescer nos próximos dias e o fluxos de pessoas em busca de abrigo pode se fragmentar em novas rotas, informou a agência de refugiados da ONU nesta sexta-feira, pedindo à União Europeia para chegar a uma solução sobre a crise migratória na próxima semana. Adrian Edwards, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), disse que um encontro dos ministro da Justiça e Interior, na terça-feira, e um encontro do Conselho Europeu, na quarta, serão "crucialmente importantes". – Estas ocasiões podem ser a última oportunidade por uma resposta europeia positiva, unida e coerente para a crise. O tempo está acabando – disse em entrevista coletiva a jornalistas. O Acnur foi criticado, incluindo por ex-funcionários e especialistas de políticas humanitárias, por não ser assertivo o suficiente em abrir portas na Europa, como fez em crises passadas, incluindo o êxodo da Hungria, em 1956. Edwards disse que a União Europeia falhou em lidar com um problema. O fechamento de fronteiras desviou o fluxo de refugiados da Hungria, onde autoridades usaram táticas que a ONU chamou de "insensíveis e xenófobas". Edwards disse que o Acnur está monitorando a situação de perto na Eslovênia, Áustria e Croácia, mas a pressão também poderia ir para Sérvia caso o número aumentasse no país.  
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