O Vaticano formulou nesta terça-feira uma advertência ao governo de George Bush sob a qual deverá assumir uma “grave responsabilidade ante Deus, sua consciência e para a História” após ter anunciado na noite de segunda-feira que em 48 horas ordenará o inicio das hostilidades contra o Iraque, se Saddam Hussein e seus filhos não abandonarem o país.
O porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, emitiu hoje uma comunicação em virtude dos “últimos acontecimentos na situação internacional”.
Sem nomear diretamente o presidente norte-americano, George W. Bush, o porta-voz de João Paulo II sustentou que “quem decide que se esgotaram todos os meios pacíficos que põem a disposição o Direito Internacional, assume uma grave responsabilidade ente Deus, sua consciência e à História”.
O tom firme do comunicado coincide com a posição contrária a guerra levada adiante pelo Papa desde que a crise se aprofundou.
O Vaticano realizou uma ativa agenda diplomática na qual incluiu o envio de emissários pessoais para Bagdá e Washington, que foram recebidos por Saddam Hussein e George W. Bush.
O cardeal Pio Laghi apresentou uma carta pessoal do Papa ao presidente George W. Bush na qual lhe solicitava buscar uma solução pacífica e situada no âmbito das Nações Unidas.
No ultimato oficializado ontem o presidente norte-americano anunciou que a ofensiva militar não contará com o aval da ONU.