Valorização do real frente ao dólar reflete bom desempenho da economia, diz FMI

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Publicado Quinta, 24 de Maio de 2007 às 17:01, por: CdB

O representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) no Brasil, Max Alier, comentou nesta quinta-feira, após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que a valorização do real frente ao dólar reflete a boa performance da economia brasileira. Alier acompanha missão do fundo que está no Brasil desde o dia 21 para cumprir a agenda anual de avaliação dos números da economia brasileira.

- A economia brasileira tem fundamentos muitos sólidos, tem melhorado expressivamente nos últimos anos, e isso tem refletido em muitas dimensões -, disse.

Ele citou entre os pontos favoráveis que têm provocado a entrada de dólares no Brasil, o preço das commodities no mercado internacional, setor em que o Brasil é um grande exportador; a entrada de investimento estrangeiro direto e a redução da dívida pública.

- Além disso, a composição da dívida tem melhorado expressivamente, o risco país tem caído muito fortemente. Todos esses eventos favoráveis levam os investidores a quererem investir no Brasil. A apreciação do câmbio reflete a melhora da economia -, explicou.

Ele não quis arriscar um piso ideal para o valor do dólar. E elogiou a atuação do Banco Central, que diz respeito tanto à política cambial quanto ao controle da inflação. 

- O Banco Central tem sido muito bem sucedido ao levar a inflação do Brasil ao nível de países desenvolvidos. Neste momento o Brasil tem um nível de inflação comparável com os países industrializados -, disse.

Sobre a taxa básica de juros (Selic), um dos instrumentos utilizados para o controle da inflação e que também contribui para a entrada de moeda estrangeira, Alier disse que "o Copom é que tem as melhores informações para decidir sobre o ritmo do corte de juros".

O representante do FMI comentou ainda que a melhora na avaliação do Brasil pelas agências de classificação de risco representa o reconhecimento dessa melhora na economia. Ele também elogiou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que considera ser "muito importante" para o crescimento do país.

Indagado sobre o que, no Brasil, pode preocupar, ele citou a necessidade de realização das reformas tributária e previdenciária.  E citou o Fórum Nacional da Previdência como um exemplo de que o país está disposto a promover mudanças.

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