Costa Allegra é rebocado por embarcação francesa
Cerca de 600 assentos em aviões e 400 quartos de hotel foram reservados para os passageiros e tripulantes do navio Costa Allegra, que estava à deriva no Oceano Índico e deve chegar nesta quinta-feira ao porto de Mahé, nas Ilhas Seicheles, informou nesta quarta-feira a empresa que opera a embarcação.
Segundo um comunicado divulgado pela companhia Costa Cruzeiros, as condições dentro do navio são "regulares" e o tempo na região é bom.
"Há refrescos e comidas como frutas, queijo e frios à disposição. Água mineral também vem sendo fornecida. Pão fresco foi entregue por um helicóptero", diz o comunicado.
Também estão sendo enviados ao local equipes de assistência, informa a Costa Cruzeiros.
O Costa Allegra deve chegar a Mahé na manhã desta quinta-feira, após quase dois dias sendo rebocado. O navio ficou à deriva depois que um incêndio no gerador, ocorrido nessa segunda-feira, provocou a perda total de energia a bordo.
A Costa Cruzeiros é a mesma operadora do navio Costa Concordia, que naufragou na costa italiana em janeiro, provocando a morte de 32 pessoas.
Brasileiros a bordoA embaixada do Brasil na Tanzânia confirmou à BBC Brasil a presença dos dois brasileiros a bordo, que também devem desembarcar nesta quinta-feira. O Itamaraty ainda não autorizou a divulgação de seus nomes.
Mais cedo, a embaixada havia afirmado não ter informações precisas sobre como ocorrerá o desembarque em Mahé, assim como as condições de hospedagem e a possibilidade de voos, uma vez que o carnaval na ilha começa nesta sexta-feira.
Segundo a correspondente da BBC em Seicheles Katy Watson, os passageiros estão no convés da embarcação, onde é mais fresco, já que o ar-condicionado não funciona nas cabines.
O navio está em um local considerado perigoso, devido à atuação de piratas somalis. Um avião do governo de Seicheles também estaria realizando sobrevoos de patrulha aérea.
O navio conta com nove guardas armados a bordo, enquanto outros seguranças estariam na traineira francesa que reboca o navio.
Os piratas da região nunca atacaram um navio de cruzeiro.