USP promete incluir na Corrupteca casos envolvendo políticos do tucanos

Arquivado em:
Publicado Sábado, 03 de Novembro de 2012 às 12:03, por: CdB
USP promete incluir na Corrupteca casos envolvendo políticos do tucanos

Apesar de ter sido lançado apenas com mensalão e impeachment de Collor, acervo deve incluir privataria tucana, mensalão mineiro e CPI do Cachoeira até o final de novembro

Por: Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual

Publicado em 03/11/2012, 15:53

Última atualização às 15:53

Tweet

Caso envolvendo campanha do tucano Eduardo Azeredo em MG também será incluído na Corrupteca da USP (Lucio Bernardo Jr/Ag. Câmara)

São Paulo – Um site lançado esta semana pela Universidade de São Paulo (USP) e pelo jornal O Estado de S. Paulo para concentrar informações sobre corrupção no Brasil – até agora com dados apenas do mensalão e do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello – vai incluir até o final de novembro notícias e avaliações sobre a chamada privataria tucana, o mensalão do PSDB e a CPMI do Cachoeira.

José Álvaro Moisés, diretor científico do projeto, chamado Corrupteca, afirmou em entrevista à RBA que haverá tratamento igual para todos os casos, independentemente de partido. O programa foi elaborado pelo Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas (NUPPs) da USP. “Essa é uma ferramenta de produção de conhecimento pela academia, não tem nenhum interesse partidário envolvido. Só estamos organizando notícias, independente do partido a que pertencem”. 

O caso do mensalão mineiro, o escândalo de peculato e lavagem de dinheiro que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais, em 1998, será um dos próximos a ser incluído na lista, de acordo com o professor. “É uma questão de tempo. Não existe um filtro para privilegiar X ou Y, todos vão entrar à medida que, do ponto de vista tecnológico, tivermos maior domínio e capacidade de organização de informações”.

As informações, que têm por base o acervo digital do jornal O Estado de S. Paulo, serão organizadas na forma de uma linha do tempo, destacando como ocorreu o julgamento dos casos. “Nosso objetivo é aumentar a transparecia e a facilitar o acesso a informações de pessoas que tenham interesse ao tema”, conta Moisés. “Á medida que queríamos avançar em estudos sobre corrupção concluímos que seria importante essa ferramenta para disponibilizar informações para pesquisadores, jornalistas e interessados no assunto”.

Para isso, o projeto trabalha em duas frentes: uma que reúne denúncias de casos de corrupção e seu acompanhamento na mídia, e outra com um acervo especializado sobre o tema de 1467 universidades. Para facilitar a busca de informações uma equipe de juristas está trabalhando para alinhar a nomenclatura dos casos.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo