O presidente da Colômbia se declarou neste domingo a favor de um acordo para conseguir a liberdade dos 22 membros das Forças Armadas sequestradas pelas Farc em troca de guerrilheiros presos, mas sob a condição de que os rebeldes libertados não retornem à luta armada.
As declarações de Álvaro Uribe, que ratificam sua postura frente ao tema, responderam à senadora do Partido Liberal Piedad Córdoba, que anunciou que depois das entregas do soldado Josué Daniel Calvo e do suboficial Pablo Emilio Moncayo não haverá mais libertações unilaterais por parte da guerrilha.
A senadora, que recebeu na selva Calvo e na próxima terça-feira fará o mesmo com Moncayo, assegurou que para que os demais membros do Exército e da polícia sequestrados sejam libertados é necessário um acordo humanitário entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
– O governo tem facilitado libertações, tem feito resgates e não se opõe ao acordo humanitário, sempre e quando o acordo humanitário não for para devolver delinquentes às Farc – disse o presidente durante um ato do governo no Departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela.
– Não podemos fazer um acordo humanitário para devolver delinquentes às Farc, que fortaleçam sua capacidade criminal – acrescentou Uribe, que anteriormente propôs que os rebeldes libertados viagem a outro país.
Córdoba anunciou que entregará uma proposta de acordo humanitário a Uribe e fará o mesmo com os candidatos que consideram ocupar seu lugar nas eleições de maio para tratar de pôr fim ao drama de sequestros o mais rápido possível.
As Farc, que tiveram em seu poder mais de 60 reféns, inclusive a ex-ecandidata presidencial Ingrid Betancourt e três norte-americanos resgatados pelo Exército, buscam um acordo para entregar os sequestrados em troca da libertação de centenas de seus combatentes.
Rio de Janeiro, Sexta, 19 de Abril de 2024
Uribe diz que aceita acordo de reféns com Farc sob condições
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Publicado Segunda, 29 de Março de 2010 às 08:12, por: CdB
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