Unesco afirma que há mais mulheres nas escolas brasileiras

Arquivado em:
Publicado Quarta, 05 de Novembro de 2003 às 22:18, por: CdB

Há mais meninos que meninas nas salas de aula brasileiras de 1ª a 4ª série. Mas, daí em diante, a situação se inverte e as mulheres passam a ser maioria até na universidade.

Disparidades de gênero na vida escolar são o foco do relatório "Gênero e Educação para Todos - O Salto Rumo à Igualdade", que será lançado mundialmente nesta quinta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

A entidade tem como meta a correção do problema nas turmas de educação básica até 2005 e, nos demais níveis de ensino, até 2015.

Entre os motivos para a redução do número de meninos na escola estão a repetência e o abandono dos estudos para trabalhar. A situação é semelhante na maioria dos países da América Latina, pelo menos a partir do ensino médio.

Em países como Índia e Paquistão e em boa parte da África, a luta é inversa, no sentido de permitir que um contingente maior de mulheres tenha acesso à escola. Em termos mundiais, quase dois terços dos 850 milhões de adultos analfabetos são mulheres, segundo a Unesco.

No ano passado, 52% das matrículas de 1ª a 4ª série no Brasil foram feitas por alunos do sexo masculino - uma diferença de 876 mil meninos a mais do que as meninas. Da 5ª à 8ª série, no entanto, o total de alunas já superava o de alunos em 143 mil; no ensino médio, essa diferença pró-meninas alcançava 725 mil; e, nos cursos de graduação, 452 mil.

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a escolaridade das brasileiras é superior à dos homens. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2001 mostrou que 20% das mulheres tinham 11 ou mais anos de estudo. Entre os homens, essa proporção era menor, de apenas 17%.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo