UE se compromete com ajuda escolar para crianças vítimas do maremoto

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Publicado Sábado, 22 de Janeiro de 2005 às 15:53, por: CdB

Os ministros de Educação da União Européia (UE) se comprometeram neste sábado a coordenar sua ajuda escolar para as crianças afetadas pelo maremoto do sudeste asiático e analisaram a possibilidade de apadrinhar colégios para tornar duradoura essa assistência.

O encontro excepcional realizado em Paris foi uma iniciativa do ministro francês de Educação, François Fillon. "Decidimos iniciar uma coordenação dos programas educativos desenvolvidos em cada país", anunciou Fillon em entrevista coletiva.

Sua colega luxemburguesa, Mady Delvaux-Stehres, explicou que no próximo conselho de ministros de Educação, em 21 de fevereiro, será feita uma lista das propostas comuns para dar conteúdo à decisão tomada hoje.

O comissário europeu de Educação, Jan Figel, destacou que esta reunião é "um sinal de compromisso" da UE, insistindo que a educação é uma das maneiras de ajudar os países atingidos pelo maremoto a voltarem à normalidade.

Fillon adiantou que a primeira fase dessa coordenação deve concentrar-se no programa de reconstrução das escolas destruídas ou danificadas que está sendo desenvolvido pelo Unicef, e depois no levantamento do sistema escolar em seu conjunto, o que inclui a formação de professores, já que centenas morreram no maremoto.

No comunicado final destaca-se a "importância das alianças e uniões entre centros escolares para a reabilitação de escolas nos países afetados". Além disso, explica que "o objetivo deve ser elaborar procedimentos que integrem a ajuda escolar em caso de catástrofe humanitária em uma ação contínua, desde a pré-escolarizacção de emergência a curto prazo até programas de reconstrução de escolas".

Fillon disse que os ministros participantes desta reunião excepcional tinham pedido à UE que "leve mais em conta a dimensão educativa" no planejamento de suas ações de ajuda humanitária.

A Comissão Européia se comprometeu a doar 350 milhões de euros para a reconstrução a longo prazo das regiões afetadas pelo maremoto, dos quais 10% irão para a assistência educativa, além das contribuições individuais dos países membros, segundo Figel.

O ministro francês assinalou que dos 100 milhões de euros que serão oferecidos por seu país -metade de ajuda oficial e outra metade de doações privadas-, 10% serão destinados a iniciativas no campo da educação.

Os ministros da UE reafirmaram seu compromisso com o programa que o Unicef vai iniciar para a reconstrução de centros escolares.

Calcula-se que apenas na região indonésia de Banda Aceh há cerca de mil colégios destruídos e um milhão e meio de crianças precisando de ajuda humanitária.

A diretora geral adjunta desta agência do Unicef, Rima Salah, que também participou do encontro, disse que os fundos de ajuda internacional prometidos até agora (cerca de 10 bilhões de dólares) são suficientes, e que o importante é coordenar a assistência.

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