UE não tem mais desculpas para as tragédias no Mediterrâneo, diz alta representante

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Publicado Segunda, 20 de Abril de 2015 às 08:18, por: CdB
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A vice-presidenta da comissão admitiu que “não há uma solução fácil, não há uma solução mágica”, mas “há uma responsabilidade europeia”
  A Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, disse nesta segunda-feira em Luxemburgo que “a UE (União Europeia) não tem mais desculpas” e os Estados-Membros devem acertar “uma verdadeira política migratória” para evitar novas tragédias no Mediterrâneo. Em entrevista ao chegar para uma reunião dos chefes de diplomacia da UE,  que, teve a presença dos ministros do Interior de 28 países,  Mogherini afirmou que após a tragédia que representou o naufrágio da embarcação no fim de semana, com pelo menos 700 imigrantes a bordo, que se soma a outras “nos últimos meses e nos últimos anos”, não há mais desculpas para não agir de forma decisiva. - Não temos mais desculpas. A UE não tem mais álibis, os Estados-Membros não têm mais álibis - disse a alta representante, que apelou à União Europeia para que assuma sua “responsabilidade”. De acordo com Mogherini, que preside a reunião de chefes de diplomacia, trata-se de “um dever moral”, sendo a própria credibilidade da UE que está em jogo, pois o projeto europeu sempre se centrou “na proteção dos direitos humanos, da dignidade e na defesa da vida”. Para ela, a Europa deve ser “consistente” e não permitir que mais tragédias ocorram em um mar que também é seu. A vice-presidenta da comissão admitiu que “não há uma solução fácil, não há uma solução mágica”, mas “há uma responsabilidade europeia” e instrumentos da política externa que podem e devem ser utilizados de imediato. Lembrou que há responsabilidades que não estão nas mãos dos ministros dos Negócios Estrangeiros, e, por isso, o conselho de segunda-feira foi ampliado, na parte da tarde, aos ministros do Interior. Há outras responsabilidades, acrescentou, em nível de chefes de Estado e de governo, motivo pelo qual o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, está em contato com esses países para a realização de uma reunião de cúpula extraordinária. Pelo menos 700 imigrantes estão desaparecidos no Mediterrâneo, depois de o barco em que viajavam com destino à Itália ter naufragado a 60 milhas da costa da Líbia.
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