UE defende reforma do Conselho de Segurança, mas tem cautela com candidatura do Brasil

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Publicado Quinta, 02 de Junho de 2011 às 11:41, por: CdB

Renata Giraldi e Danilo Macedo
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Há duas semanas em Brasília, a nova representante da União Europeia (UE) no Brasil, a embaixadora Ana Paula Zacarias, defendeu hoje (2) a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Porém, a diplomata foi cautelosa para apoiar a candidatura do Brasil a uma vaga permamente em uma eventual mudança na atual estrutura do órgão. No entanto, ela disse que o Brasil tem condições para fazer campanha e tentar concretizar este desejo.

“É preciso reformar o sistema dos organismos internacionais, isso vai além do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Há uma disposição da União Europeia favorável à mudança. Mas cabe a cada país opiniar”, disse a embaixadora na sua primeira entrevista coletiva.

Segundo Ana Paula Zacarias, o Brasil apresenta condições para defender sua candidatura a membro permanente do conselho. “O Brasil é um dos grandes atores internacionais do momento, defendendo os direitos humanos e o multilateralismo, isso deve ser valorizado”.

Para o governo brasileiro, a reformulação do Conselho de Segurança da ONU é considerada questão fundamental. De acordo com as autoridades brasileiras, o órgão tem a mesma estrutura do mundo no após a 2ª Guerra Mundial, o que não representa as mesmas forças políticas e econômicas atuais, pois houve avanço e crescimento de vários países.

Pela atual estrutura do conselho são membros permanentes a China, França, Rússia, o Reino Unido, e os Estados Unidos. Já os assentos rotativos estão com a Bosnia e Herzegovina, Alemanha, Índia, África do Sul, Colômbia, Nigéria, Portugal, o Brasil, Líbano e o Gabão.

“O Brasil é muito importante para a União Europeia pelo passado, presente e futuro. Pelo passado, por causa das relações históricas, pelo presente devido às parcerias e, sobretudo, pelo futuro, por causa da visão comum em relação ao multilateralismo e as questões sócio-econômicas. É esta visão que nos une, pois implica uma visão de futuro”, disse a embaixadora.

 

 

Edição: Rivadavia Severo
 

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