Uma convocação da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), o maior sindicato do país, reuniu neste sábado (20) em Roma milhares de trabalhadores para protestar contra a austeridade do governo de Mario Monti.
Sob o lema "O trabalho acima de tudo", os manifestantes se concentraram na Praça San Giovanni, no centro da capital.
De acordo com os organizadores, o propósito do protesto é denunciar os cortes no gasto público, demissões e fechamentos de fábricas, assim como instar o governo a fazer mais para ajudar os trabalhadores afetados pela recessão.
Segundo meios de comunicação locais, em Roma se concentraram filiados ao sindicato e trabalhadores precários e irregulares provenientes de diversas partes da Itália, os quais portaram globos e bandeiras vermelhas da CGIL e cartazes com lemas contra o governo, cmo “Fora, Monti”.
A secretária da CGIL, Susanna Camusso, condenou a administração ao manifestar que a austeridade não funcionou e que os legisladores deveriam concentrar-se em formas destinadas a estimular o investimento e o emprego.
"Suas políticas impactaram a capacidade de consumo e não protegeram a indústria e os trabalhadores, esta é a razão pela qual o país está em uma recessão extraordinariamente profunda", declarou.
A CGIL exige do governo medidas que fomentem o investimento e criem emprego, sobretudo entre os jovens e as mulheres, setores especialmente afetados pelo aumento do desemprego.
Camusso anunciou que em 14 de novembre os trabalhadores voltarão a sair às ruas na ocasião em que se realiza a jornada de mobilização em toda a União Europeia, decidida pela Confederação Europeia de Sindicatos.
Neste sábado dezenas de milhares de manifestantes também marcharam pelas ruas de Londres, no Reino Unido, para opor-se às medidas de austeridade e cortes fiscais aplicados pelo governo conservador de David Cameron.
Prensa Latina
..