Soldados americanos podem ter que continuar no Iraque daqui a até quatro anos, segundo depoimento do ex-comandante da guerra a uma comissão do Congresso dos Estados Unidos preocupada com os recentes ataques aos militares.
O general Tommy Franks fez sua previsão sombria ao mesmo tempo em que o presidente George W. Bush admitia que “há um problema de segurança” no Iraque.
Aconteceu também no mesmo dia em que o Senado americano expressou sua preocupação ao votar unanimemente a favor de que o governo Bush peça ajuda à Otan (aliança militar ocidental) e às Nações Unidas no Iraque.
Segundo o autor da resolução aprovada no Senado, o democrata Joseph Biden, a teimosia do governo em não incluir alemães e franceses no Iraque pós-guerra “continua fazendo dos americanos um alvo”.
Ataques
Em seu depoimento, poucos dias depois de deixar o cargo de comandante militar no Iraque, Franks disse que os ataques contra soldados americanos continuarão.
Ele disse também que o número de militares americanos no país não deve ser reduzido dos atuais quase 150 mil até algum momento no ano que vem.
De acordo com o general Franks, os soldados americanos encontram pela frente de 10 a 25 ataques diários de iraquianos.
Apesar disso, o general rejeitou o termo “guerrilha” para a resistência encontrada pelos Estados Unidos.
Pelo menos 31 soldados americanos morreram desde que o presidente Bush declarou o fim das hostilidades no Iraque, em maio.
Nesta quinta-feira, pela primeira vez, Bush admitiu que ainda existe um problema de segurança para os soldados americanos no Iraque.
– Não há dúvidas de que temos um problema de segurança no Iraque e teremos que lidar com isso pessoalmente.
O presidente americano completou: “No entanto, nós teremos que ficar”.