Teste evita a extirpação desnecessário em casos de câncer de mama

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Publicado Quarta, 06 de Agosto de 2003 às 23:46, por: CdB

Um controvertido e preliminar teste para evitar a extirpação desnecessária de nódulos linfáticos das axilas em casos de câncer de mama, foi considerado 'seguro e perfeito'.
 
A nova técnica criada por um grupo de médicos italianos, que consiste em observar a disseminação do câncer colocando uma etiqueta e examinando os nódulos da glândula linfática, não convenceu os céticos. Poucas mulheres foram observadas (516) para se tirar conclusões definitivas.

Os especialistas que participaram da pesquisa explicaram que a técnica, chamada 'biópsia de nódulo sentinela', foi criada para prevenir a extirpação desnecessária de nódulos linfáticos da axila próxima à mama cancerosa.

Segundo os pesquisadores, este tipo de cirurgia pode causar inflamações permanentes, desfigurar o corpo feminino, além de gerar incômodos.

No controvertido procedimento, os cirurgiões usaram um contraste, um delineador radiativo, ou às vezes ambos, para determinar qual nódulo linfático recebe fluido procedente do tumor. Depois de detectado, o 'nódulo sentinela' é retirado e examinado para determinar se contém células cancerosas.

A pesquisa, liderada pelo médico Umberto Veronesi e por seus colegas do Instituto Europeu de Oncologia de Milão (Itália), destaca que, em teoria, se não forem encontradas evidências de que o tumor se estendeu para o 'nódulo sentinela', existe a possibilidade de os demais nódulos linfáticos estarem isentos de câncer.

Nesse caso, diz Veronesi, os cirurgiões podem evitar uma cirurgia de maior envergadura.

Os críticos temem que esta técnica não consiga identificar as células cancerosas que tenham atingido os nódulos da glândula linfática próxima à axila suspeita de estar infectada, o que poderia aumentar o risco de reaparecimento do tumor.
 
O estudo aponta que durante a aplicação da técnica da 'biópsia do nódulo sentinela' nas 516 mulheres, apenas 9 por cento das células cancerosas não foram detectadas, e que na maioria dos casos não apareceu um novo tumor.

A porcentagem de sobrevivência entre as mulheres que se submeteram a este teste foi ligeiramente maior que entre as que tiveram todos os nódulos das axilas extirpados, afirmaram os pesquisadores.

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