Um jornal paquistanês publicou uma declaração do dissidente saudita Osama bin Laden negando sua participação nos atentados em Nova York e Washington. Na declaração, no entanto, Laden deu total apoio aos ataques.
Líderes árabes condenaram os ataques desta terça-feira, considerados “inimagináveis e horríveis”.
O presidente do Egito, Husni Mubarak, disse que ele estava triste com os ataques. Já o líder palestino Yasser Arafat disse estar chocado e qualificou o ocorrido como um desastre inacreditável.
As reações variaram em uma região onde a política americana é considerada injusta a favor de Israel.
Comemorações
Arafat pediu também que os jovens que vivem nos territórios ocupados não manifestassem apoio aos atentados.
Mas nos campos de refugiados palestinos na Cisjordânia e no Líbano tiros foram disparados em comemoração aos ataques. Muitos disseram que os Estados Unidos mereciam esta punição.
Os árabes se sentem frustrados com o apoio dos Estados Unidos a Israel.
Os movimentos islâmicos palestinos Jihad e Hamas negaram qualquer participação nos ataques, mas disseram que a política americana é a culpada pela tragédia.
Mesmo com a negativa de Bin Laden, as suspeitas dos americanos continuam voltadas especialmente para o dissidente saudita e seus seguidores.
O editor da BBC John Simpson disse que Osana bin Laden teria condições de coordenar um ataque como os desta terça-feira.
De acordo com o editor, Laden tem 2 mil homens em treinamentos em campos localizados no Afeganistão, sendo a maioria deles árabes de países como Argélia, Arábia Saudita e Egito.