Tavares diz que BID manterá imparcialidade no apoio ao Brasil

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Publicado Terça, 08 de Outubro de 2002 às 21:05, por: CdB

O secretário-executivo do Banco Interamenricano de Desenvolvimento (BID), Martus Tavares, ex-ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão do Brasil, disse no final da manhã, após reunir-se por mais de uma hora com o presidente Fernando Henrique Cardoso, no Palácio da Alvorada, que o organismo continuará atuando de forma imparcial, independentemente de quem venha ser o novo presidente do Brasil. "O BID não tem a preocupação com a questão política - é um organismo que apóia financeiramente os governos, independentemente de quais sejam eles. Desde que os governos apresentem projetos para serem financiados pelo BID, tendo qualidade, eles serão totalmente financiados. O BID existe para apoiar os projetos dos diversos paises da região da Amércia Latina e do Caribe", disse à saída do Alvorada. Segundo ele, o presiddente Fernando Henrique Cardoso está "muito feliz com o processo eleitoral, com a demonstração que a gente dá ao mundo sobre a solidez da democracia que temos, e é o exemplo de que nós temos que nos orgulhar". Quanto à posição do BID, sediado em Washibngton (EUA), a respeito do processo eleitoral, Martus Tavares declarou que o Banco está muito satisfeito. Ele elogiou o sistema eleitoral brasileiro montado pelo Tribunal Superior Eleitoral(TSE), frisando que este é um exemplo para todo o mundo, por conta da agilidade na apuração dos votos das eleições em primeiro turno. "O BID evidentemente está contente com essa demonstração, esse exemplo que o Brasil dá para toda a região, para a América Latina, Caribe e para todo o mundo. Foi um exemplo para os países desenvolvidos. Em menos de 24 horas, nós divulgamos os resultados finais das eleições num processo limpo, transparente, democrático, com exercício pleno da cidadania", afirmou o ex-ministro. Indagado se o BID está avaliando a possibilidade de promover nova ajuda financeira ao Brasil para minimizar os efeitos do nervosismo do mercado internacional e do próprio processo eleitoral brasileiro, Tavares disse que esse socorro não é necessário: "Não há qualquer projeto de socorro agora, porque não há necessidade". Martus Tavares, que veio ao Brasil para votar, foi indicado em março para a Secretaria-executiva do BID, que assumiu um mês depois, no dia 4 de abril. E disse estar satisfeito com o trabalho realizado nesses seis meses, após garantir que o BID apoiará o Brasil nos próximos anos, se isso for necessário: "Tranqüilamente haverá esse apoio, claro que haverá".

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