Talebã reivindica ataque em hospital no Paquistão

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Publicado Segunda, 08 de Agosto de 2016 às 09:08, por: CdB

Cerca de 120 pessoas ficaram feridas na explosão, que aconteceu na entrada do departamento de emergência

Por Redação, Sputnik de Quetta/Beirute/Moscou:  

A organização extremista Jamaat-ur-Ahrar, facção do Talebã paquistanês, reivindicou a responsabilidade por um atentado suicida em um hospital estatal no sudoeste do Paquistão que matou cerca de 70 pessoas nesta segunda-feira.

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A organização extremista Jamaat-ur-Ahrar, facção do Talebã paquistanês, reivindicou a responsabilidade por um atentado

– O Jamaat-ur-Ahrar assume a responsabilidade por este ataque, e promete continuar realizando ataques como esse. Vamos lançar uma reportagem em vídeo sobre isto em breve – disse o porta-voz da organização, Ehsanullah Ehsan, via email, segundo citado pela Reuters.

O atentado suicida matou pelo menos 69 pessoas em um hospital de Quetta, no sudoeste do Paquistão, segundo informaram as autoridades. Cerca de 120 pessoas ficaram feridas na explosão, que aconteceu na entrada do departamento de emergência, aonde o corpo de um proeminente advogado morto a tiros nesta segunda-feira estava sendo levado. O Jamaat-ur-Ahrar, que também declarou apoio à liderança do Daesh (autodenominado Estado Islâmico) no Oriente Médio, é o mesmo que perpetrou o ataque em Lahore que matou 72 pessoas, muitas delas crianças, em um parque lotado no dia de Páscoa.

Bombardeiros

Seis bombardeiros estratégicos russos Tu-22M3 atacaram as posições do EI perto de Palmira nesta segunda-feira, relata o Ministério da Defesa da Rússia.

Um posto de comando e um grande campo militar dos terroristas foi destruído perto de As Sukhnah, enquanto os jihadistas, perto de Palmira e Arak, perderam grande quantidade de pessoal, armas e carros blindados, bem como postos de comando.

Foi assinalado que os bombardeiros voltaram para a base sem perdas. A Rússia iniciou em 30 de setembro de 2015, a pedido do presidente sírio Bashar Assad, ataques contra alvos do grupo terrorista Daesh e a Frente al-Nusra.

Durante o período em que a Rússia atuou em conjunto com a Síria para combater o terrorismo no país, já foram eliminados 28 dos 80 mil extremistas que se presume combaterem no país.

Rússia e Síria

No domingo, aviões dos Exércitos russo e sírio despejaram uma onda de munições pesadas sobre a cidade de Idlib, base de operações da Fatah al-Sham (ex-Frente Al-Nusra), um dia depois de rebeldes liderados pela organização extremista islâmica romperem o cerco da vizinha Aleppo.
As forças russas e sírias bombardearam pesadamente neste domingo a cidade de Idlib, a 64 km da cidade sitiada de Aleppo, que se tornou uma zona de combates críticos entre forças pró-Assad e os rebeldes da oposição. O ataque foi realizado um dia após os rebeldes terem conseguido romper um cerco do Exército sírio em Aleppo e atingiu vários pontos estratégicos, incluindo vários colégios militares e bases de artilharia. A vitória das forças rebeldes parece ser de curta duração, com a Rússia intensificando a sua campanha de bombardeios dentro e em torno da cidade a fim de erradicar os extremistas radicais islâmicos que têm ligações com várias organizações terroristas conhecidas. As forças que romperam o cerco foram conduzidas pelo Exército da Conquista, coalizão composta por diferentes grupos rebeldes liderados pela recém rebatizada Frente al-Nusra, que esta semana desmentiu o seu estatuto de afiliada à Al-Qaeda na esperança de ganhar mais apoio de Washington contra o presidente sírio, Bashar al-Assad. A Frente al-Nusra usa a vizinha cidade de Idlib como uma plataforma para a batalha contra as forças do governo sírio em Aleppo desde que uma contra-ofensiva começou na semana passada.
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