Suspeito de matar sargento se entrega no Rio

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Publicado Segunda, 31 de Julho de 2017 às 11:41, por: CdB

Ivan Martins diz que não tem nada a ver com o crime, mas é apontado pela Polícia Civil, como responsável por extorquir dinheiro de motoristas de transporte

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

O ator do filme Cidade de Deus, Ivan da Silva Martins, conhecido como Ivan da Rocinha, ou Ivan, o Terrível, se apresentou nesta segunda-feira, na Delegacia de Combate às Drogas. Ele é suspeito de ter participado da morte do sargento da Polícia Militar, Hudson Silva de Araújo, de 46 anos, na madrugada do dia 23 deste mês, no morro do Vidigal, Zona Sul do Rio. Ivan Martins está com a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele chegou acompanhado à Cidade da Polícia pelo fundador da ONG AfroReggae, José Junior, que intermediou a apresentação do acusado.

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Suspeito de matar sargento, ator do filme "Cidade de Deus" se entrega no Rio

Ivan Martins diz que não tem nada a ver com o crime. Mas é apontado pela Polícia Civil, como responsável por extorquir dinheiro de motoristas de transporte alternativo que circulam pela favela da Rocinha, que fica ali perto e é comandada pela mesma facção criminosa.

Crime

O sargento Hudson fazia um patrulhamento de rotina na principal rua do Vidigal. Quando ele e outros militares foram atacados numa emboscada. O militar levou um tiro na cabeça e morreu ao ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea.

O sargento Hudson foi o primeiro policial morto no Vidigal desde a implantação da UPP na comunidade em 2012.

Ato

Policiais militares e parentes de PMs fizeram no dia dia 23 de julho uma manifestação contra a morte de agentes de segurança no Rio de Janeiro. A vítima o sargento Hudson Silva de Araujo, de 46 anos, morto, durante confronto no morro do Vidigal.

Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Vidigal, policiais realizavam patrulhamento pela Rua Presidente João Goulart, uma das principais vias da comunidade. Quando criminosos armados atacaram os agentes, por volta das 4h30 do dia 23.

Durante a troca de tiros, Hudson foi baleado e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Mas não resistiu aos ferimentos. Ele tinha 46 anos e era supervisor de equipes na UPP Vidigal. Ele era casado e tinha duas filhas.

De acordo com a UPP, três suspeitos de envolvimento no ataque já foram identificados pelo Setor de Inteligência da unidade. O Comando de Operações Especiais e policiais do Vidigal realizaram uma operação na comunidade. A Divisão de Homicídios investiga o caso.

Na chamada Marcha Nacional pela Vida dos Policiais Militares, realizada, na Praia de Copacabana. Manifestantes exibiram faixas pedindo providências para acabar com as mortes de policiais e carregaram cruzes pretas. Com os nomes dos policiais mortos.

Claudia dos Santos Nascimento perdeu seu marido, um policial militar, há 14 anos. “Sou viúva de um policial morto em combate. Meu marido saiu numa sexta-feira, com planos de passar o fim de semana com a família, e não voltou mais. Vocês não sabem a dor que meus filhos ainda sentem. Eu vejo a dor nos olhos deles”. Disse a viúva.

Violência

Mãe de um policial militar, Rose (que não quis dar o sobrenome) disse temer pela vida do filho todos os dias. “Espero que a apareça alguém que dê um jeito nessa situação. Não é só o PM que está morrendo. O povo está morrendo. Você sai de madrugada e não sabe se volta para casa”, disse.

Já o marido de Bianca Barros, outro policial militar, ficou gravemente ferido durante um tiroteio no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, no final de 2014. Depois de ser baleado na cabeça, ele teve graves sequelas e teve todo o lado direito de seu corpo paralisado. “Estamos falando muito de mortes. Mas não podemos nos esquecer dos feridos. Os policiais e suas famílias sofrem muito com isso”, disse.

 

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