Suderj define medidas contra violência nos estádios

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Publicado Quinta, 13 de Dezembro de 2007 às 15:14, por: CdB

A partir da próxima semana, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DCPA), em conjunto com a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer e o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), começa a fazer o cadastro de identificação de líderes de torcidas organizadas de futebol visando combater e reprimir a violências nos estádios.

A idéia é que até janeiro, quando começa o Campeonato Carioca 2008, as principais lideranças, presidentes e dirigentes de torcidas organizadas estejam cadastradas no banco de dados do Programa Delegacia Legal, de forma a poderem ser identificados, responsabilizados ou co-responsabilizados pela prática de delitos cometidos por estes ou terceiros que de alguma forma estejam ligados à torcida organizada. 

— A primeira coisa é deixar bem claro que não se trata de torcedores, muito menos de torcedores organizados que terão que cadastrar-se, mas sim os marginais travestidos de torcedores fingindo que tem amor por uma causa ou algum clube —, observou o secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes.

Indignado com a decisão do juiz da 2ªVara Criminal que ontem soltou oito dos 29 torcedores acusados de participar da briga que causou a morte de Germano Soares da Silva, da torcida Jovem do Flamengo, o secretário convocou o major Marcelo, comandante do Gepe, e o delegado titular da DPCA, Deoclécio Francisco de Assis, para definir as medidas que começam a ser adotadas a partir do ano que vem para coibir a violência nos estádios.

Segundo Eduardo Paes, uma das medidas já acertadas no encontro realizado na tarde desta quinta-feira, na Suderj, é a proibição da entrada no Maracanã de todo o grupo indiciado, inclusive os que estão em liberdade. 

— Esses indivíduos são marginais travestidos de torcedores e só freqüentam o estádio com o intuito de brigar e causar confusões. São pessoas indesejáveis e não poderão mais entrar no estádio. Hoje, o Maracanã é freqüentado por famílias inteiras e não vou permitir que fiquem expostas a marginais. Este ano, tivemos a presença de cerca de 49 mil torcedores menores de 12 anos, que são os torcedores do futuro. Eles têm que ter bons exemplos —, disse o secretário.

Eduardo Paes explicou que a primeira medida para colocar em prática o combate à violência nos estádios é fazer um cadastro das torcidas organizadas, das lideranças, seus presidentes e dirigentes, trazendo, inclusive à responsabilidade deles os atos praticados por todos os torcedores dessas torcidas organizadas. O secretário acrescentou, ainda, que também serão co-responsabilizados os eventuais dirigentes que ajudem as torcidas organizadas.

A fiscalização para evitar a entrada de pessoas identificadas pela polícia será feita através de uma solicitação ao Poder Judiciário. A Suderj, a partir das investigações da DPCA, fará essa solicitação. A partir daí existem mecanismos como, por exemplo, obrigar que a pessoa compareça a uma delegacia de polícia no horário do jogo. 

— Esse cadastro dos torcedores, dos dirigentes, dos líderes de torcida, se não for feito a torcida organizada, por exemplo, não vai poder se utilizar do Maracanã, das concessões que se fazem aqui: faixas, bandeiras, trazer o nome da torcida, isso tudo vai ser proibido se não houver esse cadastramento —, explicou o secretário.

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