O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski analisa desde a última semana um pedido de liminar em habeas corpus movido pela defesa da advogada Jacqueline Alcântara de Moraes, 32 anos, mulher do traficante Fernandinho Beira-Mar. Em liminar, a defesa pede que ela permaneça solta enquanto não for julgada e, no mérito, pede que a prisão preventiva decretada contra ela seja revogada.
No último dia 22 de novembro, a Polícia Federal desencadeou uma operação na qual prendeu Jacqueline e mais dez pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas e armas, lavagem de dinheiro, contrabando e homicídios. O grupo seria liderado pelo próprio Beira-Mar, preso desde 2001 - parte em unidades de segurança máxima.
Segundo a PF, depois da prisão do traficante, Jacqueline assumiu as finanças da quadrilha. Seis meses atrás, com o desaparecimento do advogado João José de Vasconcelos Kolling, ela teria assumido o segundo posto na hierarquia do grupo, passando a cuidar de acordos com fornecedores e de conferir materiais.
Nos autos, ainda segundo o STF, a defesa de Jacqueline questiona o fato de a prisão ter sido decretada ainda na fase do inquérito e alega que o prazo para o oferecimento da denúncia foi excedido. O recurso contesta uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou, liminarmente, um pedido similar.
Jacqueline está presa preventivamente em uma penitenciária feminina do Paraná.
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
STF estuda <i>habeas corpus</i> da mulher de Beira-Mar
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Publicado Segunda, 17 de Dezembro de 2007 às 16:45, por: CdB
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