Sobe para 29 o número de mortos no Egito

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Publicado Sexta, 08 de Outubro de 2004 às 14:26, por: CdB

Continuava crescendo o número de mortos nos ataques a bomba contra resorts egípcios lotados de turistas israelenses. Há pelo menos 29 mortos e 30 desaparecidos, segundo autoridades israelenses. Eles devem estar soterrados sob os escombros do Taba Hilton, destruído por um caminhão-bomba. Israel disse suspeitar de envolvimento da Al Qaeda.

Depois do ataque contra o hotel, que derrubou uma ala de dez andares, houve mais duas explosões em praias mais ao sul da península do Sinai, onde israelenses passavam um feriado judaico, ignorando os alertas de perigo de atentados.

Foram os primeiros grandes ataques no Egito desde 1997, quando 58 estrangeiros foram mortos em Luxor.

Pelo menos 19 dos mortos nas explosões de quinta-feira eram israelenses, disse o site de um jornal. Havia seis egípcios entre os mortos, de acordo com a Rádio Israel, e um russo também morreu. Autoridades da Itália disseram que duas irmãs italianas estavam desaparecidas.

Cerca de 120 pessoas ficaram feridas nas explosões, que transformaram um local tranquilo de férias em um pesadelo de fumaça, sangue e gritos.

Um caminhão cheio de explosivos chocou-se contra o lobby do Hilton, que tinha 430 quartos. Momentos depois, um suicida detonou outra bomba perto da piscina.

- Havia muita gente no chão. Não sabíamos, no meio do caos, se estavam mortas ou não - disse o israelense Ronit Levi, hóspede do hotel.

Bombeiros afirmaram que o teto do restaurante do hotel, onde as mesas estavam postas para o jantar, desabou, e que era possível ver corpos sob os escombros.

- Ainda estamos procurando sobreviventes. Estamos cavando praticamente com a mão - disse o major-general israelense Yair Naveh.

Milhares de turistas apavorados voltaram para Israel pela fronteira. Entre eles havia uma criança inconsciente e uma mulher com o braço enfaixado, cheio de sangue.

- Ninguém vai ceder ao terror. Ele vai ser combatido de todos os modos possíveis, sem limitações - prometeu o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, durante reunião de emergência do gabinete.

Israel reclamou também da demora na aprovação por parte do Egito da entrada de equipamento pesado no país para ajudar nas buscas. Depois de um acordo, escavadeiras israelenses cruzaram a fronteira e começaram a erguer pedaços de concreto das ruínas do hotel.

Um grupo desconhecido pró-Al Qaeda, chamado Brigadas Islâmicas Tawhid, reivindicou a autoria da explosão em um site na Internet. Não foi possível comprovar a veracidade da declaração, assim como a de outro grupo desconhecido autodenominado Grupo Islamista Mundial.

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