Shell tira funcionários da Nigéria

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Publicado Sexta, 24 de Setembro de 2004 às 07:28, por: CdB

A empresa petrolífera Royal Dutch/Shell retirou parte de seus funcionários de duas estações de escoamento do delta do Níger, onde forças do governo nigeriano estão atacando uma milícia rebelde, afirmou um porta-voz da empresa na sexta-feira.

A decisão foi tomada como medida de precaução depois de a empresa ter percebido a movimentação das forças governamentais na quinta-feira na área das instalações de Soku e Ekulama, perto de Port Harcourt, acrescentou um porta-voz. A produção de petróleo não foi afetada.

- Percebemos a movimentação de soldados em direção a Soku e Ekulama, onde mantemos estações de escoamento. Por motivos de segurança, tivemos de retirar dali os funcionários não-essenciais, deixando apenas os necessários para o funcionamento dos locais - disse.

As empresas da região estão em estado de alerta depois de um comando do grupo Força Voluntária do Povo do Delta do Níger (NDPVF) ter dito à Reuters, na quinta-feira, que atacaria instalações petrolíferas se o governo não suspendesse suas operações.

As forças do governo afirmam estar perseguindo o que chamam de bandidos armados do Estado Rivers. Um violento levante no ano passado no Estado do Delta, próximo dali, obrigou as empresas a paralisarem 40 por cento de suas atividades. O levante foi realizado por membros da tribo Ijaw.

A Nigéria é o sétimo maior exportador de petróleo do mundo e o quinto mais importante fornecedor dos Estados Unidos. Cerca de metade de sua produção de 2,5 milhões de barris por dia (bpd) vem da região do delta do Níger, na área de Port Harcourt.

As Forças Armadas assumiram a responsabilidade pela segurança da região, no começo deste mês, e substituíram a polícia, a fim de "limpar o Estado de todas as forças do banditismo armado".

Segundo a Anistia Internacional, até 500 pessoas foram mortas em conflitos entre gangues no final de agosto e começo de setembro. O governo diz que a cifra de mortos é muito menor.

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