Sharon diz que não vai libertar presos que mataram israelenses

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Publicado Domingo, 06 de Julho de 2003 às 06:02, por: CdB

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, disse, neste domingo, no Conselho de Ministros, que nenhum preso palestino que tenha matado israelenses será libertado, pouco antes de o Gabinete discutir o assunto. Os partidos de direita União Nacional e Nacional Religioso e vários ministros do Likud, liderado por Sharon, rejeitam qualquer abertura de prisões, ao contrário da ANP, que a considera vital para o progresso do "Mapa de Caminho" e, sobretudo, para a manutenção da trégua por parte dos grupos armados palestinos. Por enquanto, o Hamas mantém a libertação de todos os prisioneiros palestinos como exigência para continuar respeitando a trégua. O Governo de Israel, no entanto, está disposto a beneficiar apenas os que não estiverem envolvidos em ataques contra israelenses e, sob hipótese nenhuma, soltará militantes dos grupos armados. O chefe do Serviço de Segurança Geral (Shin Bet), Avi Dichter, preparou para o primeiro-ministro uma lista com os nomes dos prisioneiros que podem ser soltos. A relação foi apresentada no Conselho de Ministros em sua reunião semanal. Nas prisões de Israel, há 6.500 presos palestinos distribuídos em penitenciárias militares e civis, dos quais 933 permanecem reclusos sem acusações, sem julgamento e sem assistência jurídica. O Governo israelense reconhece que dos 6.500 detidos, 2.500 não têm "delitos de sangue", ou seja, não estão envolvidos em ataques contra alvos israelenses nos territórios, ou em Israel. Para estes 2.500 e para outros 430 palestinos, presos há 20 anos, o ministro palestino do Interior, Mohamed Dahlan, pede a libertação imediata.

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