Senhas falsas causaram confusão no cadastramento do PAC

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Publicado Segunda, 18 de Fevereiro de 2008 às 09:47, por: CdB

A distribuição de senhas falsas por pessoas estranhas à Secretaria de Trabalho e Renda do Governo do Estado causou, nesta segunda-feira pela manhã, um princípio de confusão no início do cadastramento de trabalhadores candidatos às 1,3 mil vagas das obras do projeto de urbanização do Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio.

As obras serão financiadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e gerenciadas pela Secretaria de Estado de Obras. Contornado o problema, o cadastramento prosseguiu normalmente. 

–  O número de pessoas interessadas é muito grande. É um bom sinal e mostra a confiança das comunidades nas obras do PAC e no governo do estado. Vamos atender a todos. Basta ter um pouco de paciência, pediu o secretário de Trabalho e Renda, Alcebíades Sabino.

O plano da Secretaria é cadastrar 1,2 mil trabalhadores por dia até o dia 27. Para o cadastro, os candidatos devem levar carteira de identidade, carteira de trabalho, CPF e comprovante de residência. Caso não tenha carteira de trabalho, a unidade móvel promove a emissão do documento no momento do cadastramento.

Os cadastros serão encaminhados às empresas vencedoras das licitações das obras que farão a escolha dos profissionais. Na ficha cadastral, além dos dados pessoais, constará o histórico das experiências profissionais de cada um.

Segundo o presidente da Associação de Moradores de Vila Turismo, Erivaldo Silveira de Lira, há 14 comunidades no complexo: Vila Turismo, CHP 2, João Goulart, Morro do Amorim, Varginha, Mandela 1, Mandela 2, Mandela de Pedra, União de Vitória, Correios, Comunidade Agrícola, Samora Michel e Embratel. Em Manguinhos, estão previstas obras de saneamento básico e acessibilidade, construção de escolas, quadras poliesportivas e ciclovias.

As obras do PAC oferecerão vagas de serventes, ajudantes, carpinteiros, eletricistas, marceneiros, pedreiros e armadores de andaimes, entre outras, além de funções na área administrativa. A estimativa é que as faixas salariais variem de R$ 600 a R$ 900. Como os cadastrados integrarão a rede do Sistema Nacional de Emprego (Sine), quem não for aproveitado nas obras do PAC poderá ser empregado em outros empreendimentos, segundo o secretário de Trabalho e Renda.

O sonho de um emprego, seja no PAC ou em outro lugar, fez com que centenas de pessoas corressem para se cadastrar. Teve gente, cerca de 50, que dormiu no local. Desempregada há oito meses, Ana Paula Alves Ferreira, 40 anos, chegou às 6h e era uma das últimas da fila na quadra da escola de samba. Nem o sol quente era capaz de esmorecer seu ânimo para se cadastrar, mesmo sabendo que iria esperar algumas horas.

Além de Manguinhos, o Governo do Estado está cadastrando trabalhadores na Rocinha, Zona Sul do Rio, e no Complexo do Alemão, na Zona Norte carioca. Nesses dois lugares, o cadastramento, que começou na quinta-feira da semana passada e em dois dias inscreveu 4.209 pessoas, prossegue nesta segunda-feira e também vai até o dia 27.

Haverá 4.600 vagas de construção civil nos projetos do PAC: 1,5 mil na Rocinha, 1,3 mil em Manguinhos e 1,8 mil no Alemão. Em novembro do ano passado, a Secretaria de Trabalho já havia participado do cadastramento para obras do PAC, recrutando cerca de mil moradores das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo.

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