Seminário discute questão migratória a partir de perspectiva de gênero e segurança cidadã

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Publicado Sexta, 26 de Agosto de 2011 às 12:13, por: CdB

Maisda metade das pessoas que saem do México são mulheres. Em busca de uma vida maisdigna – seja para melhorar as condições financeiras ou para fugir da violência-, muitas arriscam a vida no caminho para o novo país e enfrentam violações aosdireitos humanos. Para discutir a questão migratória a partir de umaperspectiva de gênero, organizações feministas realizam, nesta sexta-feira (26)e sábado (27), o Seminário InternacionalMulheres, Migração e Segurança Cidadã.

Oevento, que acontece no auditório do Sindicato de Telefonistas da RepúblicaMexicana, na Cidade do México, reúne mais de 250 mulheres do México e de paísesdas Américas Central e do Norte para analisar e discutir a situação atual dosfluxos migratórios, como: o impacto da migração nas mulheres migrantes, aviolência e o tráfico de mulheres e meninas, e as políticas públicas demigração a partir da perspectiva de gênero e segurança cidadã.

Segundoinformações da convocatória para o seminário, atualmente México vive uma novarealidade no fluxo migratório. Se na década de 1970 a migração no país eramajoritariamente interna, com deslocamentos de famílias camponesas do campopara a cidade; a partir dos anos 1990, a migração para outros países ganhoumais força, principalmente a saída de mexicanos e mexicanas rumo aos EstadosUnidos.

Deacordo com o convite para o evento, quase 10 milhões de mexicanos e mexicanasvivem atualmente nos Estados Unidos. Destaque para a migração feminina. "Esegundo o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi), em 2007, de560.000 pessoas mexicanas que cruzaram a fronteira para os Estados Unidos,310.000, quer dizer, 50,5%, eram mulheres. Assim informou o Grupo de Trabalhoem Matéria Migratória da câmara legislativa”, apresenta o documento

Conformea convocatória, a migração feminina começou a ser observada somente a partir dadécada de 1980, quando estudiosos perceberam que as mulheres não saíam da terranatal apenas para acompanhar os maridos, mas também em busca de empregos. E a questão econômica é, segundo a Rede deGênero e Economia, a principal causa da migração feminina nos dias atuais.

Areintegração familiar passou para segundo lugar entre os motivos de migração. Aviolência e a falta de segurança são razões que preocupam as feministas. Deacordo com comunicado da Rede, a insegurança é a terceira causa de migração dasmulheres mexicanas e a violência intrafamiliar é a quarta.

"Éevidente que na rota crítica que atravessam milhares de mulheres migrantes,seus direitos humanos fundamentais são violados, por exemplo, seu direito àintegridade física, a um trabalho digno e a viver livre de violência. Querdizer, a maioria dos direitos associados com a cidadania plena delas é violadadesde o lugar de origem, no trânsito migratório e, muitas vezes, no país dedestino”, destaca o texto do convite.

Seminário

OSeminário Internacional Mulheres,Migração e Segurança Cidadã acontece hoje e amanhã no Sindicato deTelefonistas da República Mexicana. Nesses dois dias, mulheres do México e depaíses vizinhos discutem sobre a situação atual dos fluxos migratórios, oimpacto da migração nas mulheres e políticas públicas a partir de umaperspectiva de gênero e segurança cidadã.

Oevento é uma realização de: Rede de Gênero e Economia, mulheres da UniãoNacional de Trabalhadores, Enlace: Comunicação e Capacitação A.C, Igualdade eGênero, e Fundação Heinrch Böll.

Oconvite e a programação completa estão disponíveis em: http://www.enlacecc.org/
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