A corrupção é o crime que mais gera a prática de 'lavagem' de dinheiro, superando o narcotráfico, segundo a secretária Nacional de Justiça, Cláudia Chagas. Ela fez essa advertência ao participar, neste sábado, em Pirenópolis, do encontro 'Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro'.
Cláudia Chagas defende modificações na lei que tipifica esse tipo de crime para torná-la mais rigorosa. Uma das alternativas propostas por ela é o aumento da lista de crimes que antecedem a lavagem, incluindo até a sonegação fiscal.
Atualmente, a lei coloca como crime antecedente, por exemplo, o tráfico de drogas, o terrorismo, o contrabando de armas, extorsão mediante seqüestro e crimes contra a administração pública.
Outra alternativa para enfrentar a lavagem de dinheiro é defendida pelo diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda: o estabelecimento de acordos internacionais para conseguir o bloqueio financeiro prévio no exterior.
- Hoje o problema da lavagem é uma discussão mundial. Todos os países estão lutando para encontrar um meio mais efetivo - disse Lacerda, apontando ainda que a falta de integração entre as agências é outro problema no combate a lavagem.
O encontro, coordenado pelo ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, reúne 60 autoridades responsáveis pela prevenção e combate à lavagem de dinheiro.
O objetivo é definir estratégias de enfrentamento dessa prática criminosa. Participam também o ministro do Controle e da Transparência, Waldir Pires; do Superior Tribunal de Justiça, Gilson Dipp; o procurador -geral da República, Cláudio Fonteles; o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda; além de representantes do Banco do Brasil, Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal e promotores de justiça.
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Secretário de Justiça quer leis mais severas contra a 'lavagem de dinheiro'
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Publicado Sábado, 06 de Dezembro de 2003 às 17:13, por: CdB
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