Save the Children recomenda investimentos em educação e saúde para reduzir desigualdade entre países

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Publicado Quarta, 24 de Outubro de 2012 às 14:46, por: CdB

Em alguns países, mais da metade dos nascimentos não são atendidos por equipe qualificada; quase um terço das crianças sofre desnutrição e uma de cada seis não recebem educação primária. A partir de dados como estes foi que Save the Children elaborou o ‘Mapa da Sobrevivência Infantil 2012’, que faz um ranking dos melhores e piores países para uma criança nascer.

Especificamente, levaram-se em consideração os critérios de sobrevivência infantil, escolarização, bem-estar das mães, porcentagem de meninas e meninos com baixo peso e acesso à água potável. Foram analisados 171 países com atenção para estes aspectos e se constatou que a Islândia é o melhor país em que uma criança pode nascer hoje, pois praticamente todas desfrutam de boa saúde e educação. Neste país, morrem apenas duas de cada mil crianças com menos de cinco anos. Na América Central a Costa Rica foi considera o melhor país.

Na outra ponta está a Somália, ranqueada em último lugar. Neste país, uma de cada seis crianças morre antes de completar cinco anos, 32% sofre desnutrição e 70% não têm acesso à água. Na educação a situação também é preocupante, já que duas de cada três crianças não têm acesso à educação primária.

A mortalidade infantil, problema que ainda afeta muitos países e os coloca no final do ranking, apresentou redução de 12 para 6,9 milhões de 1990 para cá. Save the Children reporta que o progresso foi importante, mas revela que o aumento da taxa de nascimentos mascara este número e a crescente desigualdade entre os países.

A desnutrição continua sendo uma das grandes determinantes da mortalidade infantil. Houve incremento no número de crianças desnutridas; um milhão e meio a mais de crianças sofreram de desnutrição aguda no período 2005 – 2010, que no período anterior. Por conta disso, 43% das mortes de menores de cinco anos acontecem no primeiro mês de vida e a desnutrição é a causa profunda de um terço dessas mortes, mais concentradas na África Subsaariana e no Sul da Ásia.

O relatório conta que 23 dos 75 países que concentram 95% das mortes infantis estão trabalhando e no caminho rumo ao cumprimento do quarto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que pede a redução da mortalidade infantil em um terço até 2015. "Países com renda muito baixa como Bangladesh, Camboya, Laos e Nepal estão encaminhados a conseguir. Em vários países africanos como Senegal, Ruanda, Kenia ou Uganda se acelerou de forma significativa a queda do número de mortes infantis”, aponta Save the Children.

Com vistas a reduzir ainda mais o problema a organização pede aos governos dos países em desenvolvimento que criem e apliquem políticas públicas específicas para reduzir a desnutrição infantil e fortaleçam os programas de transferências sociais como forma de combater a fome e a desnutrição. Outras recomendações são no sentido de incentivar o planejamento familiar e a saúde materna e infantil.

Outros indicadores também melhoraram em alguns países. Mais crianças estão na escola, especificamente 50 milhões a mais, no período 2005-2010, tiveram acesso à educação primária em comparação com os anos de 1995 a 1999. Para continuar este progresso, Save the Children recomenda mais investimentos, sobretudo na educação de mulheres e meninas.

Para ter acesso ao ‘Mapa da Sobrevivência Infantil 2012’ completo, clique em: http://www.savethechildren.es/docs/Ficheros/550/EL_MAPA_DE_LA_SUPERVIVENCIA_INFANTIL_2012_vOK.pdf

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