Uma blitz feita ontem de manhã pela Polícia Civil de Franca deteve 20 pessoas suspeitas de pertencer às gangues de adolescentes e jovens que atuam no município.
Essas gangues, segundo a polícia, são suspeitas de ter causado três dos cinco homicídios registrados em Franca neste ano. A operação contou com 90 homens da corporação da cidade e de outros nove municípios.
Das pessoas detidas para averiguação, cinco ficaram presas -todas acusadas de ser integrantes das gangues. Três delas têm, segundo a polícia, envolvimento com o tráfico de drogas e foram encaminhadas à Cadeia Guanabara, em Franca. A operação não achou, no entanto, os suspeitos pelas mortes na cidade.
A polícia também apreendeu nove armas brancas -estiletes e facas-, oito armas de brinquedo, 30 pedras de crack, munição de revólveres e pistolas e um cano de revólver. Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão nos bairros.
Apontado como líder da gangue denominada Nazista, um jovem de 22 anos, conhecido como Rabo de Cavalo (a polícia não divulgou a identidade), também foi detido, mas em seguida liberado porque a polícia não encontrou drogas nem armas com ele.
Apesar de o nome e de o grupo fazerem menção à suástica -símbolo no nazismo-, a gangue não é adepta do movimento criado por Adolf Hitler (1889-1945) na Alemanha, segundo membros do grupo.
O delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Wanir Silveira Júnior, afirmou que não teria como deixá-lo preso só pela suspeita de liderar a gangue.
“Tentamos, na conversa, mostrar que isso (as brigas entre os grupos rivais) não leva a nada”, disse Silveira Júnior.
Os problemas envolvendo as gangues em Franca começaram há alguns anos. Hoje, as mais faladas são a Nazista e a Favela, na região do Vicente Leporace, onde moram aproximadamente 70 mil pessoas.