Mas um porta-voz do Ministério do Exterior russo, Mikhail Kamynin, disse que partes do documento são inaceitáveis.
Ele afirmou que a Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, utilizaria sua prerrogativa de veto se o plano fosse colocado em votação.
Segundo o porta-voz, Moscou quer uma solução que beneficie a todas as partes.
A Sérvia já declarou que poderia dar grande autonomia, mas não independência, à província de dois milhões de pessoas, onde cerca de 90% da população são albaneses étnicos.
Em outubro do ano passado, a posição sérvia foi reforçada com a aprovação de uma nova Constituição para o país, que considera a província parte integral da Sérvia.
Passado de crise
A crise em Kosovo impressionou o mundo na segunda metade dos anos 90, quando o então presidente sérvio, Slobodan Milosevic, lançou uma brutal repressão ao Exército para a Libertação de Kosovo (ELK), braço armado da causa separatista.
Em 1999, tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) obrigaram os sérvios a deixar a província, e a crise passou a ser gerenciada por um grupo formado por Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália e Rússia.
Milosevic foi deposto e submetido a um tribunal internacional, acusado de tentar executar limpeza étnica. Morreu na prisão, em março deste ano.