Ruralistas querem lançar agrotóxicos em aviões sobre o plantio

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Publicado Quarta, 12 de Dezembro de 2012 às 09:47, por: CdB
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A pulverização aérea de agrotóxicos é uma prática condenável, segundo a OMS
Quatro substâncias banidas na pulverização aérea de agrotóxicos poderão continuar liberadas até o fim da safra 2012/13. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério da Agricultura pretendem publicar um ato conjunto até o fim deste mês sobre o tema, após reuniões com lideranças dos produtores rurais. Atualmente, a prática já ocorre sem grandes fiscalizações, em todo o país. O Ibama havia proibido o uso dos princípios ativos Imidacloprido, Fipronil, Tiametoxan e Clotianidina no mês de julho. A decisão levou em conta o princípio de precaução, devido a estudos que apontam impactos nocivos ao meio ambiente. Já em outubro, o Ibama e o Ministério da Agricultura voltaram a permitir em caráter temporário esses agrotóxicos em lavouras como de arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo, para que fossem buscadas alternativas ao seu uso. Ainda assim, a decisão desagradou os produtores rurais. Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Márcio Portocarrero, disse que "alegar que quatro produtos estejam colocando em risco toda a população não é risco iminente e não pode se alegar precaução neste caso. Seriam necessários mais estudos". Entidades de classe dos produtores rurais pressionaram o Congresso e através da atuação da Frente Parlamentar da Agropecuária convocaram duas audiências sobre a pulverização aérea para esta semana.
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