RJ: agentes penitenciários decidem parar por tempo indeterminado

Os agentes penitenciários do Estado decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado, para reivindicar aumento salarial. A greve, decidida terça-feira em assembléia, começou à zero hora de hoje é já conta com 90% de adesão, segundo o sindicato da categoria. De acordo com Alcir Coutinho, diretor do sindicato, atualmente o indexador salarial dos agentes é de R$ 151 reais, "enquanto o salário-mínimo foi reajustado para R$ 240". Além da falta de aumento, a categoria também reclama do não pagamento do 13º salário e das férias. "Até hoje não recebemos o 13º, desde 2002", contestou Alcir, acrescentando que a exigência por melhores condições de trabalho e realização de concurso para novas contratações fazem parte da pauta de reivindicações. "Desde 1997, não há concurso no Desipe (Departamento do Sistema Penitenciários)", disse o sindicalista. Atualmente, o Estado conta com 2,4 mil agentes penitenciários para um massa carcerária de 18 mil presos. Segundo Alcir Coutinho, em cada uma das 55 unidades prisionais, há de 7 a 8 agentes por turno. "O ideal seria o dobro. Precisamos de mais 3,5 mil agentes penitenciários", protestou Alcir. A Polícia Militar, de acordo com o sindicato, foi destacada para os presídios, a fim de garantir a segurança das unidades, devido à paralisação dos agentes penitenciários.