River vence o Timão de virada

O pesadelo do Corinthians se confirmou, e a equipe não resistiu à pressão do River Plate no jogo de ida pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores. Nesta quinta-feira, no estádio Monumental de Nuñez, os argentinos venceram os brasileiros de viarada, por 2 x 1, e vão para o jogo de volta, em São Paulo, com a vantagem do empate. O Corinthians entrou em campo consciente do que encontraria pela frente, e se deparou com uma torcida barulhetna e um time disposto a decidir o jogo o quanto antes. Logo de cara, a equipe argentina criou três ótimas oportunidades em seqüência, as melhores da etapa inicial. Primeiro, Cavenaghi bateu falta, Cocito desviou e Doni fez excelente defesa. O argentino voltou a aparecer um pouco depois, quando recebeu na área e chutou para a defesa parcial de Doni. O árbitro, porém, viu o recuo de Cocito e marcou tiro livre indireto na risca da pequena área. Na cobrança, Jorge Wagner atirou-se na bola e salvou o Timão. Depois disso, o jogo ganhou novo contorno, e os brasileiros impuseram seu estilo, com forte marcação, contra-ataques e bolas altas. Já os argentinos se concentraram em duas metas: parar o rival com faltas, antes mesmo que cruzasse o meio-campo, e investir nas jogadas individuais de D'Alessandro e Fuertes. Bem marcado, o onipresente meia rodava todo o gramado em busca de espaço no bloqueio corintiano, o que não encontrou. Fuertes foi mais feliz e quase fez um golaço. Ele partiu pelo lado direito do campo, invadiu a área e deu dois cortes em Anderson e Kléber, mas Cocito apareceu para afastar. Foi num chuveirinho que o Timão teve a melhor chance. Rogério levantou para a área, Anderson desviou e Buljubasich se atrapalhou todo, mas conseguiu mandar para escanteio. Um pouco depois, o lateral corintiano arriscou um chute da entrada da área, o goleiro voltou a se enrolar e fez a defesa com os pés. O Alvinegro voltou para o segundo tempo ainda melhor do que havia terminado o primeiro. Consciente na marcação e sem desespero, limitou as opções ofensivas dos portenhos, que passaram a depender cada vez mais de D'Alessandro. Mas o meia não fez muito, e teve só uma boa chance: fez jogada individual pela direita, invadiu a área e chutou para fora. A situação ficou ainda pior para a equipe da casa com a expulsão de Husain, que recebeu o segundo amarelo por uma jogada perigosa contra Fabrício. Foi a senha para o Corinthians abrir o placar, aos 23 min. Depois de uma bola erguida na área, a defesa afastou e Jorge Wagner pegou o rebote na entrada da área: 1 x 0. A expulsão de Kléber, minutos depois, fez o jogo mudar novamente, e veio a esperada pressão argentina. Mas aí foi tudo diferente. Fuertes teve a primeira chance, numa jogada pela esquerda, e acertou a trave. Depois, Cavenaghi recebeu na área e bateu forte para uma boa defesa de Doni, que mandou para escanteio. A pressão argentina continuou e veio a oportunidade perfeita, numa falta na entrada da área. D'Alessandro, o melhor do River Plate, cobrou com perfeição e não deu menor chance para Doni, que apenas assistiu ao empate. Para desespero corintiano, Garcé encontrou Cavenaghi livre e fez o lançamento. O atacante invadiu a área, em posição legal, e tocou no canto de Doni, que novamente ficou sem ação. Era o gol da virada do River, que concretizou o pior pesadelo corintiano. RIVER PLATE 2 X 1 CORINTHIANS River Plate Buljubasich, Garcé, Ameli, Demichelis e Lequi (Pereira); Coudet (Ludueño), Husain, González e D`Alessandro; Fuertes e Cavenaghi. Técnico: Manuel Pellegrini Corinthians Doni, Rogério, Fábio Luciano, Anderson e Kléber; Fabinho (César), Cocito, Fabrício e Jorge Wagner; Liédson e Gil Técnico: Geninho Data: 01/05/2003 (quinta-feira) Local: Estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires Árbitro: Gilberto Hidalgo (PER) Assistentes: Víctor Rivera (PER) e Jorge Jaimes (PER) Cartões amarelo: Fábio Luciano, Husain, Cocito, Liedson, Coudet Cartões vermelhos: Husain, Kléber Gols: Jorge Wagner, aos 23 min, D'Ale