Ricardo Teixeira começa seu sexto mandato na CBF

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Publicado Quarta, 13 de Fevereiro de 2008 às 06:10, por: CdB

Ricardo Teixeira toma posse nesta quarta-feira e inicia o sexto mandato à frente da Confederação Brasileira de Futebol, garantindo mais seis anos de poder, até 2015. Reeleito por unanimidade em julho do ano passado em uma assembléia no Rio de Janeiro, com o apoio de todas as 27 federações e de 16 dos 20 representantes de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, já é o dirigente que mais tempo comandou o futebol brasileiro superando João Havelange, que ficou de 1958 a 1974.

No fim do mandato, ele completará 25 anos como presidente da CBF. Mais até mesmo do que Havelange ficou no poder na Fifa: 24 anos, de 1974 a 1998.

Aos 60 anos, Ricardo Teixeira chegou à presidência da CBF em janeiro de 1989 após derrotar na eleição a Nabi Abi Chedid, então presidente da Federação Paulista de Futebol.

A gestão de Ricardo Teixeira é marcada por um salto da seleção brasileira nos retrospectos técnicos e pela conquista de títulos importantes. O Brasil acabou com a síndrome de 24 anos sem ganhar a Copa do Mundo. Em 1994 e em 2002, a seleção sagrou-se campeã.

Além de ter chegado à final em 1998. Outro incômodo jejum que terminou foi o de 40 anos sem ganhar a Copa América. Em 1989, no seu primeiro ano como presidente, o Brasil venceu o Uruguai na final. A equipe ainda levantou a taça outras quatro vezes (1997, 1999, 2004 e 2007). Os dois últimos títulos foram em cima da Argentina. 

Foram duas Copas do Mundo; cinco Copas América; duas Copas das Confederações; o título do Friendship Cup e da Umbro Cup e a medalha de bronze na Olimpíada de Atlanta. Teixeira não conseguiu a inédita medalha de ouro olímpica, o  único título que o futebol brasileiro não tem.

A melhor posição da seleção foi em 1996, quando ficou com o bronze sob o comando de Zagallo.

Sob o comando do dirigente, a seleção brasileira teve dez treinadores nos últimos 19 anos, sendo que dois assumiram de forma interina e dirigiram o time por apenas uma partida: Ernesto Paulo, em 1991, e Candinho, em 2000. Os oito técnicos foram: Sebastião Lazaroni, Paulo Roberto Falcão, Carlos Alberto Parreira,; Zagallo,Vanderlei Luxemburgo, Leão, Felipão e Dunga.

Um de seus orgulhos é a conquista da "tríplice coroa" em 2004, quando o Brasil sagrou-se simultaneamente campeão mundial das três principais competições da Fifa (Copa do Mundo, mundial sub-20 e mundial sub-17).

A administração de Ricardo Teixeira ainda criou a Copa do Brasil, que propicia a clubes de menos expressão, a oportunidade de aparecerem no cenário nacional. Além disso, o Campeonato Brasileiro passou a ser disputado no sistema de pontos corridos desde 2003, seguindo o modelo das principais competições européias. 

Em 2007, com Romário de garoto-propaganda, o Brasil foi escolhido pela Fifa para sediar a Copa de 2014. O Mundial voltará ao país após 64 anos. Este é considerado por Teixeira o maior feito da sua administração. Agora, a missão do dirigente é fazer com que todas as exigências da entidade máxima do futebol sejam cumpridas nos prazos determinados.

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