Forças israelenses ocuparam territórios palestinos da Cisjordânia nesta quinta-feira e mataram uma menina de 10 anos e um policial. A ação israelense foi uma retaliação ao assassinato do ministro do Turismo, Rahavam Zeevi.
Horas antes, a polícia palestina prendeu pelo menos dois membros da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP), grupo militante que reivindicou responsabilidade pelo assassinato do ministro.
Zeevi morreu na quarta-feira após ter sido baleado por dois homens em um hotel de Jerusalém.
“Núcleos terroristas”
A menina foi morta – e uma de suas colegas, de 11 anos, ficou ferida – quando tanques israelenses atiraram em uma escola em Jenin, alvo de diversas ações de retaliação israelense nos últimos meses.
O policial foi morto na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
Os israelenses utilizaram tanques e máquinas de terraplanagem, numa ação seria dirigida contra “núcleos terroristas”.
O porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Gideon Meir, disse à BBC que o assassinato de Zeevi representava um “grande revés” nas negociações entre Israel e palestinos.
A Frente Popular pela Libertação da Palestina, por sua vez, disse que o atentado contra Zeevi foi uma resposta ao assassinato de seu líder, Abu Ali Mustafa, por forças israelenses.
As prisões dos dois palestinos foram feitas depois de Israel exigir que o líder da Autoridade Palestina, Yasser Arafat, entregasse “imediatamente” os autores do atentado sob ameaça de sofrer retaliação por apoiar o terrorismo.
A FPLP disse que os dois presos – um dos quais foi identificado como Rabah Muhana, um importante membro do grupo – estão sob custódia policial na Faixa de Gaza.
Israel acusa Arafat de não fazer tudo o que pode para conter a violência de grupos extremistas palestinos contra alvos israelenses.
O governo americano condenou o atentado e disse que a FPLP estava operando livremente nas áreas controladas pela Autoridade Palestina. No entanto, os EUA também exortaram Israel a reagir com moderação.
A FPLP, que se identifica como um grupo não religioso e de orientação esquerdista, também assumiu a autoria de uma atentado suicida na região da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza na noite de quarta-feira.
O ataque deixou dois soldados israelenses feridos.