Responsáveis por assassinato de jornalista no MT serão indiciados

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Publicado Quinta, 04 de Setembro de 2003 às 23:43, por: CdB

A Polícia Civil apresenta, nesta sexta à tarde, o relatório final do inquérito que apurou a morte do empresário Sávio Brandão, assassinado no dia 30 de setembro do ano passado em frente ao seu jornal, a Folha do Estado.
 
Durante todo o dia da última quinta-feira, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública fez mistério sobre os nomes dos responsáveis, mas pelo menos uma pessoa deverá ser indiciada pelo crime.

Trata-se de um homem identificado como João Leite, que trabalhou na empresa de cobrança do ex-sargento da Polícia Militar José Jesus de Freitas. João Leite teve a prisão preventiva decretada no dia 25 de março e está foragido da Justiça. Ele seria o homem que intermediou a contratação dos pistoleiros.

João Leite trabalhava como cobrador na empresa do sargento Jesus e pouco tempo depois da morte do patrão, em abril de 2002, assumiu os negócios.
 
Ele teria sido contratado por um integrante da organização criminosa comandada por João Arcanjo Ribeiro para que executasse Brandão, que fazia maciças denúncias a respeito do crime organizado e exploração do jogo do bicho em Mato Grosso.

Jesus era um dos braços-direitos de Arcanjo, mas teria traído a sua confiança durante negócios com a exploração de máquinas caça-níqueis em Várzea Grande, e acabou sendo metralhado em frente à sua casa.
 
A apresentação do relatório será realizada pelo delegado Luciano Inácio da Silva, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO). O secretário de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira, e o diretor da polícia civil, Romel Luiz dos Santos, também irão estar presentes no anúncio.

Conforme delegado Luciano, o inquérito é bastante extenso e conta com vários volumes. Pessoas ligadas à segurança diziam ontem à noite que a conclusão do caso trará novidades. O ex-cabo da Polícia Militar Hércules Araújo Agostinho e o ex-soldado Célio Alves de Souza, que foram presos três dias depois do crime, foram os seus autores.
 
Exames de comparação balística, impressões digitais e a apreensão de um recarregador e cartuchos de cápsulas de pistola 9 milímetros e de fuzis calibres ponto 30 e 223 na casa de Hércules configuram como prova da participação da dupla no homicídio.

Existem ainda provas testemunhais que os incriminam. Após matar o empresário, Hércules e Célio fugiram em uma motocicleta, que mais adiante colidiria com um carro.
 
Em suas mãos Hércules ainda carregava a arma do crime e ela foi vista por testemunhas do acidente. Na comparação laboratorial dos cartuchos, os exames foram positivo no confronto com os projéteis encontrados nos locais dos assassinatos do sargento Jesus de Freitas, morto em 2001, e Rivelino Brunini, assassinado no último ano.

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