Renan devolve representação a conselho

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) devolveu ao Conselho de Ética a representação do PSOL pedindo processo contra ele pelas denúncias de ligação com lobista de uma empreiteira.

O anúncio de Renan foi feito em plenário, após decisão tomada nesta quinta-feira pelo presidente do conselho, Sibá Machado (PT-AC), de devolver à mesa diretora a representação entregue pelo PSOL ao próprio órgão na terça-feira. Sibá alegou que o artigo 14 do Código de Ética do Senado diz que a representação deve ser, primeiramente, entregue à mesa, que a repassa ao conselho depois de avaliar sua "admissibilidade".

Ao assumir a sessão, Renan anunciou que havia acabado de assinar o envio da representação ao Conselho de Ética.

- Acabo de despachar para o conselho para que não percamos tempo -, afirmou o senador.
 
Ele garantiu que sua decisão tem validade e não precisa passar por uma reunião dos integrantes da mesa diretora.

- Não precisa. Fiz questão de agilizar, para não parecer que, por trás do erro do PSOL (de não entregar o pedido na mesa), houvesse alguma manobra -, disse.

A postura de Sibá foi apoiada por colegas de Conselho de Ética presentes à sessão desta quinta, como Renato Casagrande (PSB-ES) e Heráclito Fortes (DEM-PI). Para eles, Sibá cumpriu o regimento e evitou que Renan pudesse contestar o processo futuramente. Já o senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a pedir o afastamento do presidente do Senado.

O Conselho de Ética volta a se reunir na próxima quarta-feira, quando pode dar início ao processo contra Renan. Os integrantes do órgão esperam receber na quarta um relatório preliminar do corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), sobre o caso.

Wembley
 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de ir a Londres assistir nesta sexta- feira ao jogo entre Brasil e Inglaterra no novo estádio de Wembley.

Com viagem marcada, Renan preferiu ficar no Brasil para evitar qualquer contratempo em caso de novas acusações contra sua pessoa.  O senador disse nesta quinta-feira que precisa estar preparado para produzir "antiprovas" se surgirem fatos novos contra ele nos próximos dias.