Redução na conta de energia elétrica surpreende agentes

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Publicado Quinta, 24 de Janeiro de 2013 às 12:59, por: CdB
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A redução na conta de energia elétrica acima do previsto, anunciada pela presidente Dilma Rousseff, surpreendeu positivamente representantes do setor elétrico
A redução na conta de energia elétrica acima do previsto, anunciada na quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff, surpreendeu positivamente representantes do setor elétrico e, segundo eles, mantêm o sistema elétrico nacional atrativo a investimentos sem colocar em risco a sua integridade. - Foi muito positivo e surpreendente  uma demonstração de reduzir a tarifa de energia do Brasil e tornar a economia brasileira mais competitiva e aumentar o poder aquisitivo do país - disse o diretor do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro, a jornalistas, antes de evento, nesta quinta-feira. A presidente Dilma Rousseff anunciou na quarta-feira uma redução maior do que a esperada na tarifa de energia elétrica já a partir desta quinta-feira, de 18%  para consumidores domésticos e de até 32%  para indústria, agricultura, comércio e serviços. - Avaliamos e concluímos que essa redução não afeta em nada a capacidade de investimento para a expansão do setor. As medidas centram em contratos vencidos e os novos contratos tem segurança jurídica grande. Ainda há competitividade e atratividade - adicionou Castro. O presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Luiz Eduardo Barata, também ficou surpreso com a queda anunciada. "Com certeza, foi uma excelente notícia e mostra a preocupação do governo com a energia mais barata. O impacto disso sobre a operação do sistema é pequeno", afirmou ele ao acrescentar que a situação hidrológica melhorou, o nível dos reservatórios também, e a necessidade de uso de térmicas deve diminuir. Indexação Apesar dos elogios, os especialistas fizeram críticas ao indexador de preços do setor elétrico. O governo trocou o IGPM, que mede variações de preços no atacado, varejo e construção civil, pelo IPCA, índice oficial do Governo para o sistema de metas de inflação. - É preciso mudar a forma de indexação de contratos de geração e transmissão... é preciso algo mais aderente às estrutura de custos das empresas e empreendimentos - afirmou Castro ao defender um índice que acompanhe a trajetória da TJLP, taxa de juros de longo prazo usada para corrigir financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao setor privado. "Desse jeito que está, os empreendedores ficam sócios da inflação e torcem para ela subir", adicionou ele. Barata da CCEE considera que o assunto precisa ser discutido pelo governo rapidamente. "O IPCA não reflete bem, assim como não refletia o IGPM. As finalidades deles são outras. É preciso estudar e o assunto está na hora de avançar. Com o IPCA, o reajuste é bastante alto para a tarifa", finalizou.
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