Rebeldes separatistas causam novas mortes em ações no Cáucaso

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Publicado Quarta, 31 de Março de 2010 às 08:35, por: CdB

Explosões, possivelmente provocadas por homens-bomba, mataram pelo menos 12 pessoas no Norte do Cáucaso, na Rússia, nesta quarta-feira, dois dias depois dos atentados em Moscou que autoridades russas relacionaram a insurgentes da região. O ataque coordenado na cidade de Kizlyar, no Daguestão, região vizinha à Chechênia, é o mais recente episódio de uma retomada da violência no Cáucaso, uma década depois da guerra do Kremlin contra separatistas chechenos.

As explosões no Daguestão ocorrem 48 horas depois do pior ataque em Moscou em seis anos. Explosões na hora do rush mataram 39 pessoas na capital. Autoridades acusam mulheres-bomba com ligações com o Norte do Cáucaso. O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou que um único grupo poderia estar por trás dos atentados em Moscou e no Daguestão.

– Mais um ato terrorista foi cometido. Não descarto que é uma e a mesma gangue que está agindo – afirmou o premiê numa reunião de governo.

Ele chamou os ataques de "um crime contra a Rússia" e ordenou ao ministro do Interior intensificar a presença policial no Norte do Cáucaso. Um homem-bomba vestido num uniforme policial acionou a segunda das duas explosões em Kizlyar, que matou o chefe da polícia local e outros oficiais, disseram autoridades locais à agência inglesa de notícias Reuters.

O homem-bomba forçou a passagem por um grupo de policiais e curiosos atraídos pela explosão de um carro-bomba, disseram as autoridades. Trata-se de uma tática comum dos insurgentes da região. A TV mostrou a imagem de carros destruídos e de uma cratera profunda numa rua em destroços. Mostrou também uma escola com janelas quebradas e telhado parcialmente arrancado. Segundo repórteres, não havia crianças na escola.

O carro-bomba explodiu com a força de cerca de 200 quilos de dinamite, segundo agências russas de notícias. Segundo um policial, um automóvel Niva explodiu depois que guardas de trânsito tentaram pará-lo. O comitê federal de investigação, no entanto, afirmou que o Niva estava estacionado no momento da explosão. Os ataques a bombas mataram 12 pessoas, nove delas policiais, e deixou 23 pessoas hospitalizadas, segundo o comitê.

O Daguestão é uma província predominantemente muçulmana no Mar Cáspio. Sofre com a violência da insurgência islâmica e da disputas entre clãs.

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