Quatro mortos em tentativa de golpe no Haiti

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Publicado Terça, 18 de Dezembro de 2001 às 22:57, por: CdB

As forças de segurança do governo do Haiti frustraram uma tentativa de golpe contra o presidente Jean Bertrand Aristide. Pelo menos quatro pessoas morreram, durante horas de tiroteio entre as forças de segurança e o grupo de homens que invadiu o pátio do Palácio Nacional, residência oficial de Aristide, na capital, Porto Príncipe. Horas mais tarde, as forças de segurança controlaram a situação. Entre os mortos, estão dois policiais e duas pessoas que passavam pelo local. Uma granada foi lançada pelos invasores dentro do palácio. Acredita-se que o pequeno grupo fortemente armado que entrou no palácio era composto por ex-membros das Forças Armadas. Arisitides e sua família não estavam no local na hora da invasão. Uma multidão de simpatizantes de Arisitide, carregando facões, cercou o palácio, atendendo à transmissão em cadeia de rádio feita pelo governo onde foi divulgado um comunicado conclamando os haitianos a resistirem a qualquer tentativa de desestabilizar o regime. Um dos efeitos colaterais da resistência ao golpe, ao que tudo foi o ataque aos escritórios da Convergência Democrática, partido da oposição, que foram incendiados. Nos últimos dias, os rumores de golpe haviam aumentado devido à disputa entre os partidos do governo e da oposição, que começou depois das eleicões legislativas do ano passado, devido às supostas irregularidades do processo eleitoral e a consequente suspensão de cerca de US$ 500 milhões em ajuda internacional para o Haiti. As acusações feitas por observadores do processo eleitoral era que cadeiras do Senado foram assumidas irregularmente por aliados de Aristide, em detrimento da oposição. E em julho deste ano, homens armados já haviam entrado no palácio presidencial, matando quatro guardas e o governo declarou, na época, que a ação foi uma tentativa de golpe de ex-oficiais do Exército. Jean Bertrand Aristide já foi deposto por um golpe militar, em 1991, sendo que três anos depois, ele retornou ao poder com a ajuda dos Estados Unidos e substituiu o Exército por uma força de segurança civil.

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