Quadrilha foge de banco com 5 reféns na Venezuela

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Publicado Terça, 29 de Janeiro de 2008 às 18:41, por: CdB

Um grupo de assaltantes que manteve como reféns mais de 30 pessoas em uma agência bancária na Venezuela fugiu levando cinco reféns, após negociar com as forças de segurança do país.

O seqüestro que se estendeu por mais de 30 horas teve início na segunda-feira, após uma frustrada tentativa de roubo a uma agência do banco Provincial no estado Guárico, a 350 quilômetros da capital Caracas.

Os reféns libertados foram levados a um hospital local. Ainda não se sabe se a quadrilha levou o dinheiro. O destino dos assaltantes e dos cinco reféns que fugiram na ambulância também é desconhecido.

Acredita-se que o seqüestro não tenha sido premeditado. Os assaltantes pretendiam roubar os clientes do banco quando um carro da polícia estacionou porque um dos agentes teria ido ao caixa eletrônico retirar dinheiro. Surpreendidos, os assaltantes teriam então dado início ao seqüestro.

Entre os 30 reféns, havia funcionários e clientes da agência - entre eles, três crianças e um bebê.

Negociação

As últimas horas de negociação foram tensas. De acordo com o governador do Estado, Eduardo Manuitt, os assaltantes ameaçaram matar todos os reféns se suas exigências não fossem cumpridas.

Manuitt contou que em uma determinado momento eles deram 20 minutos para começar a executar aos reféns.

Os ladrões exigiam a entrega de uma ambulância, que foi concedida e utilizada na fuga, e que cinco dos reféns os acompanhassem. De acordo com o governador, cinco pessoas, incluindo duas mulheres, se apresentaram de maneira voluntária para acompanhar os assaltantes.

— Ai que desespero, que angústia. Minha filha é muito boa, isso é coisa dela mesmo. Tomara que isso termine logo e que saia tudo bem —, disse chorando, a um canal de TV local, a mãe de uma das mulheres que acompanharam os seqüestradores.

Cativeiro

Poucas horas antes de ser libertado, um dos reféns quebrou um dos vidros da agência bancária. Logo depois houve disparos no interior da agência, mas ninguém ficou ferido. Os familiares que aguardavam do lado de fora exigiam uma saída pacífica e negociada.

— Estamos em grave perigo, podem nos matar. Ajudem por favor —, dizia um dos cartazes coladoem uma das entradas do banco logo que começaram as negociações.

Na madrugada desta terça-feira, um novo cartaz foi levantado informando que os seqüestrados estavam sem água e luz e que tinham fome.

Os familiares foram autorizados pelos assaltantes a deixarem caixas com comida na porta da agência para serem recolhidas por um dos reféns. De acordo com relatos de um primeiro grupo de pessoas libertado na segunda-feira, os assaltantes estavam bastante nervosos. Dois empregados do banco conseguiram fugir.

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