Protesto termina de forma tranquila no Rio

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Publicado Domingo, 12 de Abril de 2015 às 15:09, por: CdB
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A manifestação no Rio dispersou-se por volta das 15h, sem grandes incidentes
  A manifestação contra a corrupção, mostrando a insatisfação com o governo federal e pedindo a renúncia da presidenta Dilma Rousseff no Rio de Janeiro, neste domingo, dispersou-se por volta das 15h, de forma tranquila. A manifestação começou às 10h e foi organizada pelas redes sociais. Apesar das insatisfações com o governo e com a corrupção terem sido as principais motivações do protesto, que ocorreu na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio, algumas das reivindicações eram diversas e por vezes antagônicas. Ao lado de um grupo que defendia a volta da ditadura militar no país, jovens do Movimento Revolucionário Socialista defendiam a tomada do poder pelos “reais representantes da classe trabalhadora”. Professor de filosofia, Daniel de Freitas, 24 anos, explicou que desde 2013 o movimento faz campanha pelo voto nulo nas eleições. "Queremos um governo feito por organizações só de trabalhadores: sindicatos, partidos criados pelos trabalhadores, organizações sociais. Sem a presença de empresários", declarou. Um grupo de ex-funcionários da Varig exigia o pagamento de indenizações aos cerca de 10 mil demitidos e aposentados da extinta companhia aérea. "O problema começou no governo do Fernando Henrique Cardozo, mas esperamos que a justiça se faça no governo petista, pois são eles que estão no poder", disse a ex-comissária de vôo da companhia Daise Amorim Mattos. O publicitário Fernando Campos, 46 anos, pedia uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "Não podemos ter um banco tão importante para o fomento público sem transparência sobre seus financiamentos. Isso se tornou uma caixa preta. O BNDES está financiando o aparelhamento do Estado brasileiro", declarou ele, que é integrante do Movimento Vem pra Rua, um dos organizadores da manifestação. "No começo o movimento era um pouco mais difuso, agora está amadurecendo e ganhando reivindicações concretas". Policiais federais se organizaram no ato em prol da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 412, que determina mais autonomia financeira, administrativa e funcional à instituição para investigar casos de corrupção. Grupos pediam a diminuição do número de ministérios do governo federal, que hoje é 38. Os organizadores do evento estimaram que cerca de 20 mil pessoas participaram do ato. No total, 800 policiais militares, dos batalhões de Botafogo, Méier, São Cristóvão, Centro, Tijuca, Olaria, Ilha do Governador, Copacabana, Maré e  Leblon – acompanharam a marcha. A Polícia Militar não divulgou uma estimativa oficial do número de manifestantes.
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