O ministro francês do Exterior, Dominique De Villepin, disse em uma entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal francês Le Monde, que o projeto de resolução sobre o Iraque apresentado na ONU pelos EUA, Grã-Bretanha e Espanha, “constitui uma base de partida que deve ser melhorada, mas a estrada ainda é longa”.
Segundo De Villepin “para o Iraque é necessário uma administração iraquiana legitimada pelas Nações Unidas, e também garantias precisas sobre uma transparente gestão das reservas petrolíferas”.
Para o chanceler francês, a discussão no Conselho de Segurança da ONU sobre a reconstrução do Iraque deve se basear em três princípios: o Conselho deve acompanhar as ações da coalizão sem abdicar das próprias responsabilidades; que seja esclarecido que a autoridade de ocupação não pode fugir da responsabilidade jurídica ligada a exploração petrolífera; que seja redigido um calendário rigoroso para a transição política com possibilidade de prolongação submetida a uma votação do Conselho de Segurança.
De Villepin insiste sobre a necessidade de definir “as condições de exploração das reservas petrolíferas porque não exista lugar para suspeitas – e sugere – um mecanismo transparente que assegure que o povo iraquiano não será desapossado das suas riquezas”.
– É preciso, portanto estabelecer as regras de repartição das entradas petrolíferas e cuidar para que a gestão seja colocada sob o controle internacional incontestado.